{"id":159,"date":"2006-07-14T22:41:28","date_gmt":"2006-07-14T22:41:28","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=159"},"modified":"2016-09-23T22:42:49","modified_gmt":"2016-09-23T22:42:49","slug":"indicacao","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/","title":{"rendered":"Indica\u00e7\u00e3o"},"content":{"rendered":"

Em riste, o indicador d\u00e1 o horizonte.
\nComo uma seta rombuda m\u00e1gica apontando a meta, dimensionando o espa\u00e7o a se trilhar, vago espa\u00e7o, o nada intacto. Ao qual a peregrina\u00e7\u00e3o vai desfazendo com s\u00fabitos e sucessivos eventos que, ao final, ser\u00e1 o tudo tecido.
\nEm riste, o indicador denuncia o esconso, o clandestino, o desconhecido. D\u00e1 atrai\u00e7oadamente, comparsamente, a p\u00fablico o que \u00e0 merc\u00ea de seu querer se fizera em confian\u00e7a. A qual \u2013 quantas! ante tal gesto se desmorona.
\nEm riste, o indicador reduplica o discurso acusat\u00f3rio ferindo, dilacerando, muita vez, muito mais que palavras que se apagam t\u00e3o logo pronunciadas, mas que ainda ali ficam percutindo na persist\u00eancia reduplicativa daquele dedo mordaz.
\nEm riste, o indicador na palma da outra m\u00e3o espetado, pedindo, propondo a suspens\u00e3o de algo que se processa. Ato a que adv\u00eam rea\u00e7\u00f5es v\u00e1rias. Mas que quase sempre causa grande expectativa. Sobretudo porque ali se enrista uma diverg\u00eancia, um reparo, uma quest\u00e3o.
\nEm riste, o indicador levado aos l\u00e1bios estabelecendo o fim de algum barulho. Ou a preserva\u00e7\u00e3o do sil\u00eancio. Sinalizando que ali n\u00e3o cabe a voz alta ou mesmo n\u00e3o cabe a fala. Que de humano conv\u00e9m apenas o sil\u00eancio. Que t\u00e3o-somente se suporta o rumor, de todo irrefre\u00e1vel, da natureza:
\n\u201c– Psiu!… N\u00e3o acorde o menino. \/Para o ber\u00e7o onde pousou um mosquito.\/E dava um suspiro… que fundo!\u201d
\nO indicador em riste indicando na \u00e1rvore o p\u00e1ssaro desabitual; n\u00e3o \u00e1rvore, indicando a singularidade de um fruto; na \u00e1rvore, indicando a presen\u00e7a da primavera; indicando, na \u00e1rvore, a presen\u00e7a do inverno; indicando a presen\u00e7a de estranhos hospedeiros; indicando, na \u00e1rvore, a acentua\u00e7\u00e3o de sinais dos idos anos.
\nO indicador em riste indicando, no azul entrecortado de nuvens, o celestial bailado dos urubus; indicando o cortejo cadenciado de paturis pipilando sua migra\u00e7\u00e3o; indicando o casal de arara estridulando sua passagem; indicando a mir\u00edades de andorinhas borboleteando sua gr\u00e1cil dan\u00e7a branca-azul.
\nO indicador em riste indicando certos arco-\u00edris ainda capazes de maior boniteza que os costumeiros.
\nDe noite, o indicador em riste indicando certo singular efeito que a mesmice da lua sempre traz a quem procura ver. Em riste, indicando a melhor nitidez de alguma constela\u00e7\u00e3o. Indicando a precisa harmonia do Cruzeiro do Sul. O irresist\u00edvel fulgor de V\u00eanus. O apaixonante brisbrisar do brilho de Aldebar\u00e3. O magn\u00edfico clar\u00e3o da estrela cadente explodindo feito fogos de artif\u00edcio.
\nO indicador em riste flexionando-se pausada ou febrilmente, na indica\u00e7\u00e3o de um gesto chamativo j\u00e1 em si mesmo admoestador.
\nOs muitos recursos indicativos a que se presta o indicador numa partida de futebol: os v\u00e1rios sinais t\u00e1ticos do t\u00e9cnico. O sinal de imperiosa substitui\u00e7\u00e3o de um jogador dentro de campo atendido e diagnosticado sem condi\u00e7\u00f5es de continuar no jogo.
\nO indicador em riste que, combinado com o polegar, sinaliza a viol\u00eancia deflagrada a tiros.
\nO indicador em riste oscilando pausada, cadenciada ou sofregamente na indicativa nega\u00e7\u00e3o coibitiva em m\u00faltiplas situa\u00e7\u00f5es: n\u00e3os que muita vez calam mais fundo que os ditos a viva voz.
\nO indicador que, aut\u00f4mato, habilmente se flexiona numa perfeita combina\u00e7\u00e3o com o polegar e o m\u00e9dio, fazendo-se o motor da mais not\u00e1vel mimetiza\u00e7\u00e3o humana: a linguagem escrita. Que se reduplica no pincel. Que se reduplica na agulha. Que se reduplica no bisturi.
\nO indicador que, levemente inflectido, preme o mouse<\/em> que o estendeem sua seta, fazendo surgir, na m\u00e1gica tela, os webs<\/em> das virturealidades.
\nO indicador que em riste ou inflectido toca nas feridas. A ferida do corpo, dorida, aliviando-se ante ao b\u00e1lsamo que, carinhosamente, o indicador lhe fricciona.
\nO indicador em riste que, mordente, a ferida da alma toca, fazendo-a sangrar e avivando-lhe a chaga que n\u00e3o cicatriza, pois, quando menos se espera, o indicador em riste, feito um S\u00edsifo, de novo a acutela com sua r\u00edgida pedra.
\nCom seu indicador em riste ou flectido o homem se traduz, se conduz e se transforma a si mesmo e ao outro, a cujo todo se denomina de natureza.<\/p>\n

\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Em riste, o indicador d\u00e1 o horizonte. Como uma seta rombuda m\u00e1gica apontando a meta, dimensionando o espa\u00e7o a se trilhar, vago espa\u00e7o, o nada intacto. Ao qual a peregrina\u00e7\u00e3o vai desfazendo com s\u00fabitos e sucessivos eventos que, ao final, ser\u00e1 o tudo tecido. Em riste, o indicador denuncia o esconso, o clandestino, o desconhecido. […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[17],"tags":[40],"yoast_head":"\nIndica\u00e7\u00e3o - POETAGEM<\/title>\n<meta name=\"robots\" content=\"index, follow, max-snippet:-1, max-image-preview:large, max-video-preview:-1\" \/>\n<link rel=\"canonical\" href=\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/\" \/>\n<meta property=\"og:locale\" content=\"pt_BR\" \/>\n<meta property=\"og:type\" content=\"article\" \/>\n<meta property=\"og:title\" content=\"Indica\u00e7\u00e3o - POETAGEM\" \/>\n<meta property=\"og:description\" content=\"Em riste, o indicador d\u00e1 o horizonte. Como uma seta rombuda m\u00e1gica apontando a meta, dimensionando o espa\u00e7o a se trilhar, vago espa\u00e7o, o nada intacto. Ao qual a peregrina\u00e7\u00e3o vai desfazendo com s\u00fabitos e sucessivos eventos que, ao final, ser\u00e1 o tudo tecido. Em riste, o indicador denuncia o esconso, o clandestino, o desconhecido. […]\" \/>\n<meta property=\"og:url\" content=\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/\" \/>\n<meta property=\"og:site_name\" content=\"POETAGEM\" \/>\n<meta property=\"article:published_time\" content=\"2006-07-14T22:41:28+00:00\" \/>\n<meta property=\"article:modified_time\" content=\"2016-09-23T22:42:49+00:00\" \/>\n<meta name=\"twitter:card\" content=\"summary_large_image\" \/>\n<meta name=\"twitter:label1\" content=\"Escrito por\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data1\" content=\"Tito Damazo\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:label2\" content=\"Est. tempo de leitura\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data2\" content=\"4 minutos\" \/>\n<script type=\"application\/ld+json\" class=\"yoast-schema-graph\">{\"@context\":\"https:\/\/schema.org\",\"@graph\":[{\"@type\":\"WebSite\",\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#website\",\"url\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/\",\"name\":\"POETAGEM\",\"description\":\"Por Tito Damazo\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"SearchAction\",\"target\":{\"@type\":\"EntryPoint\",\"urlTemplate\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/?s={search_term_string}\"},\"query-input\":\"required name=search_term_string\"}],\"inLanguage\":\"pt-BR\"},{\"@type\":\"WebPage\",\"@id\":\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/#webpage\",\"url\":\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/\",\"name\":\"Indica\u00e7\u00e3o - POETAGEM\",\"isPartOf\":{\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#website\"},\"datePublished\":\"2006-07-14T22:41:28+00:00\",\"dateModified\":\"2016-09-23T22:42:49+00:00\",\"author\":{\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238\"},\"breadcrumb\":{\"@id\":\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/#breadcrumb\"},\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"ReadAction\",\"target\":[\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/\"]}]},{\"@type\":\"BreadcrumbList\",\"@id\":\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/#breadcrumb\",\"itemListElement\":[{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":1,\"name\":\"In\u00edcio\",\"item\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/\"},{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":2,\"name\":\"Indica\u00e7\u00e3o\"}]},{\"@type\":\"Person\",\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238\",\"name\":\"Tito Damazo\",\"image\":{\"@type\":\"ImageObject\",\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#personlogo\",\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"url\":\"http:\/\/2.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g\",\"contentUrl\":\"http:\/\/2.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g\",\"caption\":\"Tito Damazo\"},\"description\":\"O professor Tito Damazo \u00e9 licenciado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ci\u00eancias e Letras de Pen\u00e1polis (1972) e especialista em Teoria da Literatura pela mesma faculdade em 1980. \u00c9 mestre em Letras pela Universidade Estadual Paulista \u201cJ\u00falio de Mesquita Filho\u201d \u2013 campus de S\u00e3o Jos\u00e9 do Rio Preto (1997) e doutor em Letras na \u00e1rea de Literaturas em L\u00edngua Portuguesa, em 2004, pela mesma Universidade. No Centro Universit\u00e1rio Toledo de Ara\u00e7atuba, Tito Damazo \u00e9 professor de Literatura Brasileira e Teoria Liter\u00e1ria e coordenador do curso de Letras. Tito Damazo \u00e9 autor do livro de poesias \u201cInsubmiss\u00e3o\u201d e membro da Academia Ara\u00e7atubense de Letras.\",\"sameAs\":[\"http:\/\/poetagem.com.br\"],\"url\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/author\/tito-damazo\/\"}]}<\/script>\n<!-- \/ Yoast SEO plugin. -->","yoast_head_json":{"title":"Indica\u00e7\u00e3o - POETAGEM","robots":{"index":"index","follow":"follow","max-snippet":"max-snippet:-1","max-image-preview":"max-image-preview:large","max-video-preview":"max-video-preview:-1"},"canonical":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/","og_locale":"pt_BR","og_type":"article","og_title":"Indica\u00e7\u00e3o - POETAGEM","og_description":"Em riste, o indicador d\u00e1 o horizonte. Como uma seta rombuda m\u00e1gica apontando a meta, dimensionando o espa\u00e7o a se trilhar, vago espa\u00e7o, o nada intacto. Ao qual a peregrina\u00e7\u00e3o vai desfazendo com s\u00fabitos e sucessivos eventos que, ao final, ser\u00e1 o tudo tecido. Em riste, o indicador denuncia o esconso, o clandestino, o desconhecido. […]","og_url":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/","og_site_name":"POETAGEM","article_published_time":"2006-07-14T22:41:28+00:00","article_modified_time":"2016-09-23T22:42:49+00:00","twitter_card":"summary_large_image","twitter_misc":{"Escrito por":"Tito Damazo","Est. tempo de leitura":"4 minutos"},"schema":{"@context":"https:\/\/schema.org","@graph":[{"@type":"WebSite","@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#website","url":"http:\/\/poetagem.com.br\/","name":"POETAGEM","description":"Por Tito Damazo","potentialAction":[{"@type":"SearchAction","target":{"@type":"EntryPoint","urlTemplate":"http:\/\/poetagem.com.br\/?s={search_term_string}"},"query-input":"required name=search_term_string"}],"inLanguage":"pt-BR"},{"@type":"WebPage","@id":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/#webpage","url":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/","name":"Indica\u00e7\u00e3o - POETAGEM","isPartOf":{"@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#website"},"datePublished":"2006-07-14T22:41:28+00:00","dateModified":"2016-09-23T22:42:49+00:00","author":{"@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238"},"breadcrumb":{"@id":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/#breadcrumb"},"inLanguage":"pt-BR","potentialAction":[{"@type":"ReadAction","target":["https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/"]}]},{"@type":"BreadcrumbList","@id":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/07\/14\/indicacao\/#breadcrumb","itemListElement":[{"@type":"ListItem","position":1,"name":"In\u00edcio","item":"http:\/\/poetagem.com.br\/"},{"@type":"ListItem","position":2,"name":"Indica\u00e7\u00e3o"}]},{"@type":"Person","@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238","name":"Tito Damazo","image":{"@type":"ImageObject","@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#personlogo","inLanguage":"pt-BR","url":"http:\/\/2.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g","contentUrl":"http:\/\/2.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g","caption":"Tito Damazo"},"description":"O professor Tito Damazo \u00e9 licenciado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ci\u00eancias e Letras de Pen\u00e1polis (1972) e especialista em Teoria da Literatura pela mesma faculdade em 1980. \u00c9 mestre em Letras pela Universidade Estadual Paulista \u201cJ\u00falio de Mesquita Filho\u201d \u2013 campus de S\u00e3o Jos\u00e9 do Rio Preto (1997) e doutor em Letras na \u00e1rea de Literaturas em L\u00edngua Portuguesa, em 2004, pela mesma Universidade. No Centro Universit\u00e1rio Toledo de Ara\u00e7atuba, Tito Damazo \u00e9 professor de Literatura Brasileira e Teoria Liter\u00e1ria e coordenador do curso de Letras. Tito Damazo \u00e9 autor do livro de poesias \u201cInsubmiss\u00e3o\u201d e membro da Academia Ara\u00e7atubense de Letras.","sameAs":["http:\/\/poetagem.com.br"],"url":"http:\/\/poetagem.com.br\/author\/tito-damazo\/"}]}},"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/159"}],"collection":[{"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=159"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/159\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":160,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/159\/revisions\/160"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=159"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=159"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=159"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}