{"id":179,"date":"2006-09-20T23:00:47","date_gmt":"2006-09-20T23:00:47","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=179"},"modified":"2016-09-23T23:01:40","modified_gmt":"2016-09-23T23:01:40","slug":"heroisfilhos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/20\/heroisfilhos\/","title":{"rendered":"Her\u00f3is\/filhos"},"content":{"rendered":"

Temporada de neto na casa. \u00c9 quando a severidade baixa a bandeira e o territ\u00f3rio ostenta uma invis\u00edvel, mas pressuposta inscri\u00e7\u00e3o no portal: aqui mandam os netos. Eles parecem n\u00e3o ver a hora de chegar tais momentos. Argutamente sabem que os despotismos paternos se retesam.
\nA naturalidade do cotidiano \u00e9 pr\u00f3digo em regras. Por certo percebem que quanto mais crescem menos podem. Mais lhes exigem. A vida vai sendo, em quase todas as vinte e quatro horas, de aprendizagem, quanto mais anivers\u00e1rio fazem.
\nEst\u00edmulos, ensaios com erros e acertos, exig\u00eancias, castigos aos denominados desobedecimentos, necessidade de solicitar concess\u00f5es, aceitar n\u00e3o-concess\u00f5es. S\u00e3o procedimentos por meio dos quais v\u00e3o desde sair das fraldas para o peniquinho, deste para o vaso sanit\u00e1rio; da comida na boca para a auto-alimenta\u00e7\u00e3o, a que est\u00e1 condicionada a concess\u00e3o dos cobi\u00e7ados chocolates; do usar e depois guardar o brinquedos, admitir a divis\u00e3o dos mesmos e dos demais objetos com os irm\u00e3os. V\u00e3o cada vez mais conhecendo a esfera das obriga\u00e7\u00f5es, a qual infelizmente deve ser alternada com os prazeres que pareciam ent\u00e3o quase exclusivos. E disparam as descobertas. Tamb\u00e9m elas abrindo aos prazeres, permitidos e proibidos e \u00e0s obriga\u00e7\u00f5es mais e menos exigidas. \u00c9 a lei, diz a can\u00e7\u00e3o de um contempor\u00e2neo compositor da m\u00fasica popular brasileira. A qual vai mais e mais desmeninizando-os.
\nDa\u00ed que, enquanto meninos s\u00e3o, estar nos dom\u00ednios dos av\u00f3s, \u00e9 ter, provisoriamente suspensas, quase todas a inc\u00f4modas obriga\u00e7\u00f5es, os contundentes n\u00e3os, as exigidas conten\u00e7\u00f5es. Ali se pode. Ali se tem. Ali as transgress\u00f5es beiram os deslimites. Ali se v\u00eaem mesmos transmutados em seus prediletos her\u00f3is. Tornam-se os verdadeiros her\u00f3is daquele territ\u00f3rio. Her\u00f3is que mais exigem do agem, mais mandam do que fazem, mais s\u00e3o assistidos do que salvam. E se no lugar existem bisav\u00f3s aptos, amplia-se ainda mais sua assessoria, torna-se maior o quadro de f\u00e2s. \u00cddolos insubstitu\u00edveis, plenos de energia e agilidade v\u00e3o arrastando atr\u00e1s de si aquele contingente de devotados e seduzidos anci\u00f5es, quase todos esbofados pelo cansa\u00e7o que lhes imprime a performance de seus batmans, super-homens, homens-aranha, hulks…
\nS\u00e3o her\u00f3is que devem causar inveja aos seus her\u00f3is, pois s\u00e3o \u00fanicos. N\u00e3o t\u00eam de padecer daquela triste sina da duplicidade. S\u00e3o her\u00f3is pura e simplesmente. N\u00e3o precisam de que os outros (e nem muito menos eles pr\u00f3prios) se vejam em perigo iminente para que se transformem em her\u00f3is. Precisam apenas ser.
\nS\u00e3o o centro da casa. Durante sua estada tudo gira em torno deles, desde quando acordam at\u00e9 o recolhimento, que n\u00e3o se faz t\u00e3o cedo e n\u00e3o sem muita argumenta\u00e7\u00e3o. Nesse livre territ\u00f3rio brinquedos abundam. H\u00e1 os de que gostam muito e que quiseram ter. H\u00e1 os que n\u00e3o solicitaram, mas que, encontrados, passam a querer, mais uns, menos outros. Almo\u00e7am e jantam diante da tev\u00ea, assistindo a seus desenhos preferidos, com direto a refrigerante em todas as refei\u00e7\u00f5es todos os dias e sendo incensados a comer s\u00f3 mais um pouquinho.
\nV\u00e3o para o quintal devidamente paramentados. Vestidos de capa e m\u00e1scaras, correm, saltam, trepam nos arbustos. Que por algum tempo s\u00e3o ora cavalos, ora naves espaciais, ora alt\u00edssimos pr\u00e9dios nos quais grudam sua potente teia. E tornam ao ch\u00e3o sempre em persegui\u00e7\u00e3o aos vil\u00f5es, via de regra um ou dois dos avoengos, que, intimados, na condi\u00e7\u00e3o de vil\u00e3o ou vil\u00e3, para l\u00e1 se deslocam. Levam tiros, s\u00e3o enredados em inquebr\u00e1veis teias, s\u00e3o retidos pela her\u00f3ica for\u00e7a do bem e conduzidos \u00e0 pris\u00e3o p\u00fablica onde dever\u00e3o passar os restos dos seus dias.
\nQuando se v\u00e3o, a casa volta \u00e0 sua pacatez. Os av\u00f3s se reencontram com sua enxaqueca, sua artrose, sua cr\u00f4nica indisposi\u00e7\u00e3o, seus achaques, seus rem\u00e9dios, a vidinha sem gra\u00e7a com sua mesmice de novelas, missa e macarronada dominicais e o fant\u00e1stico global show televisivo.
\nEles se v\u00e3o decerto n\u00e3o menos abatidos. Pois tamb\u00e9m tornam \u00e0 mesmice, ao territ\u00f3rio onde j\u00e1 n\u00e3o s\u00e3o mais freq\u00fcentemente her\u00f3is e sim mais exigidos, vigiados, admoestados como o s\u00e3o os vil\u00f5es. Ali, quanto mais passa o tempo, mais v\u00e3o se rasgando suas fantasias e eles v\u00e3o sendo cada vez mais filhos.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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