{"id":184,"date":"2006-10-18T23:04:11","date_gmt":"2006-10-18T23:04:11","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=184"},"modified":"2016-09-23T23:04:51","modified_gmt":"2016-09-23T23:04:51","slug":"banqueiro-nobel-da-paz","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/poetagem.com.br\/2006\/10\/18\/banqueiro-nobel-da-paz\/","title":{"rendered":"Banqueiro Nobel da Paz"},"content":{"rendered":"\n\n\n
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Os jornais vieram dizendo que o Nobel da Paz do ano era um banqueiro. Estranhou. Teve um certo estado preliminar de indigna\u00e7\u00e3o. Admitir que bancos podiam agir em prol da paz humana, geral e indistinta, al\u00e9m, portanto da pessoal, grupal ou setorial, parecia uma maquina\u00e7\u00e3o que lhe escapava.
\nA vida inteira, at\u00e9 ali, e nada indiciava que poderia vir a ser diferente, lera, ouvira, soubera que os grandes lucros financeiros obtidos por empresas eram os angariados pelos bancos. Com os bancos sempre ficaram os inebriantes saldos de vultosos lucros dispon\u00edveis.
\nFuncion\u00e1rio p\u00fablico cuja remunera\u00e7\u00e3o ao seu trabalho nunca passou de um sal hil\u00e1rio depositado em banco a cujas determina\u00e7\u00f5es obrigatoriamente havia que se submeter. Um rol de obriga\u00e7\u00f5es taxativas impostas \u00e0queles caraminguados n\u00edqueis postos \u00e0 disposi\u00e7\u00e3o do banco em uma conta dita dele, mas pelo banco contabilizada trav\u00e9s de \u201cpequenos servi\u00e7os\u201d. Em um banco tudo \u00e9 movido a dinheiro que precisa ser remunerado pelo correntista, por quem, afinal, todas as opera\u00e7\u00f5es banc\u00e1rias est\u00e3o a servi\u00e7o.
\nSempre pensara que o banqueiro era a mais bem sucedida conseq\u00fc\u00eancia capitalista gerada pela ansiedade do capital de crescer ainda mais, por\u00e9m ante um risco quase zero de perdas. Sob a percep\u00e7\u00e3o arguta dessa ang\u00fastia, nasceu esse tend\u00e3o t\u00e3o capitalista quanto aquele. A grande sacada de seu instinto: remunerar o dinheiro daquele ganhando dinheiro a si ao remuner\u00e1-lo em empr\u00e9stimo a outrem. Depois a m\u00e1quina da necessidade de ganhar sempre e a perda, como uma conting\u00eancia tenazmente evitada, foram alimentando a f\u00e9rtil criatividade na consecu\u00e7\u00e3o do infind\u00e1vel lucro.
\nSempre vira, pois, a casa banc\u00e1ria (o banqueiro sempre uma abstra\u00e7\u00e3o) como uma aproveitadora de seu \u00ednfimo dinheiro ao qual faz pouco caso, mas n\u00e3o despreza e lhe exige conduta moral — financeira — ilibada para t\u00ea-lo como uma pessoa f\u00edsica digna de constar da lista de seus clientes. Sob pena de n\u00e3o ter nenhum titubeio para enviar seu nome ao Servi\u00e7o de Prote\u00e7\u00e3o ao Cr\u00e9dito, caso tal conduta n\u00e3o seja observada.
\nTodavia, tamb\u00e9m n\u00e3o vislumbrara outra sa\u00edda sen\u00e3o submeter-se a essa coer\u00e7\u00e3o de seu tempo. O mundo, desde h\u00e1 alguns s\u00e9culos, viera sendo cada vez mais dos banqueiros. Agora mais do que nunca. Tem mesmo ouvido dizer que hoje sem os bancos seria o caos. A paz poss\u00edvel ainda n\u00e3o mais o seria, se de repente desaparecesse essa forma de sistema financeiro e armazenamento de dinheiro.
\nPra frente \u00e9 que se anda, diz a sabedoria popular, essa para a qual n\u00e3o surgiram os bancos, mas dos quais tamb\u00e9m hoje \u00e9 dependente, t\u00e3o logo passa a fazer jus a um justo e sistematizado dinheirinho.
\nOs detentores do Nobel da Paz t\u00eam sido, de Gandi a Madre de Calcut\u00e1, via de regra, cidad\u00e3os cujas a\u00e7\u00f5es incontestavelmente promoveram o bem estar social da humanidade calcados da intransigente defesa da aboli\u00e7\u00e3o da mis\u00e9ria, da fome, das injusti\u00e7as, das viol\u00eancias, das n\u00e3o-liberdades. Ora, assustara-o o fato de que um banqueiro tamb\u00e9m pudesse integrar uma lista dessa natureza.
\nEntretanto, saiu da mat\u00e9ria jornal\u00edstica, entre desconfiado e comovido, simpatizando-se com o novo Nobel da Paz Muhamad Yunus e seu Banco Grammen a que denominam de banco dos pobres. \u00c9, sim, uma hist\u00f3ria de fazer acreditar que, de repente, algu\u00e9m demonstra ser a humanidade um caso n\u00e3o-perdido, n\u00e3o obstante tenha tanto e continue a devassar a si mesma e os outros seres.
\nEmpresta dinheiro aos pobres efetivamente e a garantia \u00e9 t\u00e3o-somente a palavra empenhada. \u00c9 certo que Banghadesh \u00e9 um pa\u00eds mul\u00e7umano, cren\u00e7a mais r\u00edgida; \u00e9 certo que os empr\u00e9stimos s\u00e3o feitos \u00e0s mulheres (que s\u00e3o mul\u00e7umanas) que os contraem em pequenos grupos que se auxiliam (se \u201cpoliciam\u201d) mutuamente no cumprimento da obriga\u00e7\u00e3o.
\nMas tamb\u00e9m \u00e9 certo que essa \u00e9 uma particular e espec\u00edfica forma de olhar o outro com olhos de reconhecimento e verdadeira aceita\u00e7\u00e3o, desvestidos da lucratividade perversa. Uma iniciativa e a\u00e7\u00e3o particular que nem mesmo os bancos estatais dos denominados governos social-democratas e socialistas se atreveram a praticar.<\/p>\n<\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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