{"id":266,"date":"2004-01-09T23:55:26","date_gmt":"2004-01-09T23:55:26","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=266"},"modified":"2016-09-23T23:56:15","modified_gmt":"2016-09-23T23:56:15","slug":"ser-com","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/01\/09\/ser-com\/","title":{"rendered":"Ser com"},"content":{"rendered":"\n\n\n
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Data 09\/jan\/2004<\/span><\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n

\u00a0 \u00a0 \u00a0A vida maravilhosa ou malvada; estrepitante ou silenciosa; venturosa ou desventurosa; famosa ou an\u00f4nima se encaminha para o seu fast\u00edgio \u00fanico e enf\u00e1tico: a morte. Em que pese na senten\u00e7a o tom lutuoso, t\u00e9trico, \u00e9 assim.
\nMas esta d\u00e1diva cuja expectativa \u00e9 dar \u00e0 morte o mais longo adiamento poss\u00edvel, dela ir ganhando as partidas, embora se saiba ser-lhe a vit\u00f3ria final, \u00e9 o grande mist\u00e9rio: a vida. A vida que brota de um \u00f3vulo, de um ovo. E em forma de homem \u00e9 ente dotado de intelig\u00eancia. Pensa, age, cria, inventa, transforma, se emociona, chora, ri, sofre e ama. Em forma de bicho, age. Ao que se sabe, n\u00e3o pensa. Logo n\u00e3o cria, n\u00e3o inventa, n\u00e3o transforma. Age movido a sede, a fome, pelo frio, pelo calor. Por\u00e9m h\u00e1 evidentes manifesta\u00e7\u00f5es de dor, de irrita\u00e7\u00e3o, de medo. Se dom\u00e9sticos, mais depuradas ainda. O contato, a conviv\u00eancia com os homens decerto.
\nE os c\u00e3es apegados aos homens apegados aos seus c\u00e3es figuram como os mais pr\u00f3ximos ao desenvolvimento de uma intelig\u00eancia animal poss\u00edvel e prov\u00e1vel. O c\u00e3o de uma casa \u00e9 um animal humano. Tem a vida observada, interacionada com os componentes da fam\u00edlia. Seu crescimento; seu desenvolvimento; sua inf\u00e2ncia, como a de uma crian\u00e7a, composta de peraltices que provocam gra\u00e7as e broncas. Aprendendo o modo de conviver em fam\u00edlia. Aprendendo a comer de sua comida, a beber de sua \u00e1gua, a recolher-se em seu abrigo, ao mesmo tempo em que a natureza o vai movendo em seus dotes de animal canino: estranhar e latir para os que n\u00e3o da casa; n\u00e3o gostar de gatos, incondicionalmente, os que n\u00e3o da casa; aos dela suportar.
\nA sua vida fora povoada de c\u00e3es. N\u00e3o se lembra ter havido casa de tios, av\u00f4s em que n\u00e3o os houvesse. Todos tinham o seu c\u00e3o, ou os seus c\u00e3es. C\u00e3es com os quais as pessoas mantinham um relacionamento de afetividade. Falavam a eles. Conversavam com eles. Era uma fam\u00edlia que passava como heran\u00e7a t\u00e1cita o amor pelos c\u00e3es. A inconceb\u00edvel condi\u00e7\u00e3o de n\u00e3o se ter em casa um c\u00e3o. Casa sem c\u00e3o \u00e9 casa em falta, casa incompleta.
\nTamb\u00e9m se lembra de outro aspecto comum e predominante na quest\u00e3o c\u00e3es dos familiares: a prefer\u00eancia pelos de grande porte. E como fora um tempo em que c\u00e3es se ganhavam de algu\u00e9m, algum dono de cadela, que cruzada com um c\u00e3o de outro, dava sua ninhada, cujos filhotes \u00e0s vezes j\u00e1 eram encomendados desde a gesta\u00e7\u00e3o, os c\u00e3es eram objetos de ajustados, bons e honestos acordos. N\u00e3o se tinha not\u00edcia, n\u00e3o se ouvia dizer de neg\u00f3cios de cria e venda de c\u00e3es. C\u00e3es eram, quando muito bons e enternecedores presentes. Exceto, verdade se diga, as crias de cadelas vira-latas sem nenhum prest\u00edgio, ou moradoras de rua.
\nE o ber\u00e7o lhe transmitira a irrefut\u00e1vel necessidade de conviver com c\u00e3es. E, homem seguindo o ciclo da vida, os foi tendo. Apenas n\u00e3o seguira o rigor do figurino preservado at\u00e9 uma certa gera\u00e7\u00e3o. \u00c9 que gostava tamb\u00e9m dos c\u00e3es pequenos. E os teve conjuntamente com os grandes. Outra ruptura com o figurino, o ter um, quando muito dois. Ele os tivera aos tr\u00eas, aos quatro, aos cinco. Muitos dos ortodoxos parentes desaprovavam declaradamente tal procedimento. Ele rebatia dizendo das informalidades e casualidades. Os c\u00e3es aconteciam em sua casa. Cada qual tinha uma hist\u00f3ria de origem. Origem nunca programada por ele. E os seus familiares estavam envolvidos em cada uma das hist\u00f3rias de aparecimento de cada um dos c\u00e3es. O que parecia fortalecer ainda mais os la\u00e7os afetivos entre todos eles. Acabaram por aprender que um c\u00e3o era um solit\u00e1rio. Dois era pouco. Tr\u00eas era bom. Cinco era \u00f3timo. Cada c\u00e3o com seu modo de ser diferente do dos outros. E a somat\u00f3ria daquelas diferen\u00e7as era a causa da satisfa\u00e7\u00e3o familiar de com eles conviver. O que desarranjava, causando consterna\u00e7\u00e3o geral e mesmo l\u00e1grimas em uns, era quando chegava a vez da morte ganhar a partida definitiva. Fato ocorrido h\u00e1 pouco com um querido pastor de dez anos de amorosa conviv\u00eancia.<\/span><\/td>\n<\/tr>\n

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