{"id":28,"date":"2005-02-11T14:54:53","date_gmt":"2005-02-11T14:54:53","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=28"},"modified":"2016-09-23T18:30:57","modified_gmt":"2016-09-23T18:30:57","slug":"uma-cidadezinha-qualquer","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/poetagem.com.br\/2005\/02\/11\/uma-cidadezinha-qualquer\/","title":{"rendered":"Uma cidadezinha qualquer"},"content":{"rendered":"\n\n\n
Data <\/span>11\/fev\/2005<\/span><\/span><\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0Uma cidadezinha. Todavia muito mais que uma cidadezinha qualquer. Havia, sim, bananeiras, laranjeiras, pomares, cachorros e burros que, de vagar, devagar iam, vinham. Havia, entanto, muito mais. De tanto n\u00e3o ter nada, tinha muito mais. Cidade mesmo, n\u00e3o quase.
\nTudo \u00e0 base de postos. Um posto da prefeitura municipal que ficava noutra cidade. Ali\u00e1s, ficava na cidade. Um posto policial, que a delegacia de pol\u00edcia tamb\u00e9m. Um vereador sem c\u00e2mara, que era daquela cidade. Um posto telef\u00f4nico em que uma telefonista executava as liga\u00e7\u00f5es e as recebia. Um posto de correio sem tel\u00e9grafos. As correspond\u00eancias \u2013as cartas –, ainda que demoradas, aconteciam.
\nUma igreja cat\u00f3lica apost\u00f3lica romana, cujo padre daquela cidade aparecia, algumas vezes, para os servi\u00e7os religiosos. Por\u00e9m, uma protestante atuava com desenvoltura (e os pastor residia ali)
\nO \u00edndice de que era um povoado do estado paulista: uma escola prim\u00e1ria, e uma escola secund\u00e1ria de ensino ginasial e colegial. Todos funcion\u00e1rios do governo do Estado. A cidadezinha os privilegiava. Eram as \u00fanicas remunera\u00e7\u00f5es est\u00e1veis e constantes. Cr\u00e9dito no com\u00e9rcio: algumas vendas, um mercado, um a\u00e7ougue de carne de matadouro, alguns botecos, algumas lojas de bijuterias e tecidos; os solteiros, bons partidos, cobi\u00e7ados e disputados.
\nEram, pois, os professores os s\u00e1bios do lugar. Ningu\u00e9m se atrevia publicamente defender uma posi\u00e7\u00e3o, sen\u00e3o citando nominalmente um deles. Eles, que n\u00e3o desdiziam, bem sabiam do prec\u00e1rio saber que exerciam.
\nPor circunst\u00e2ncia, talvez, pelo prec\u00e1rio de ser, pela inextrinc\u00e1vel condi\u00e7\u00e3o do simples, ali, o ensino, se fizera anos, anos antes como um sistema, de fato, interativo. Professores e alunos, pais e n\u00e3o-pais conviviam permanentemente. Na escola. No a\u00e7ougue. No mercado. Nas vendas. Nos botecos. Na quadra esportiva da escola. No campo de futebol. Nas festas religiosas, pag\u00e3s, folcl\u00f3ricas, sociais.
\nN\u00e3o-cidade, pois sem energia p\u00fablica, n\u00e3o obstante circundada por dois enormes e hist\u00f3ricos rios; pois sem servi\u00e7o de esgoto, de \u00e1gua encanada e tratada. E os dois grandes rios ali, t\u00e3o perto, que, quando vazavam nas cheias, quase tomavam algumas ruas. As ruas se faziam, muitas delas como se fazem caminhos naturais pelos ass\u00edduos ir e vir de homens e animais.
\nA ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica precariamente se fazia \u00e0 for\u00e7a de um gerador a \u00f3leo diesel. Frag\u00edlima claridade mal tingindo a escurid\u00e3o da noite, cuja ab\u00f3bada descortinava um c\u00e9u de estrelas e luar visto assim em lugar algum. Ali as estrelas pareciam sussurrar de t\u00e3o fulgurantes. A resplend\u00eancia de luar inigual. Um imut\u00e1vel sorriso espl\u00eandido. Aquelas t\u00edbias l\u00e2mpadas de ba\u00e7as luzes n\u00e3o eram capazes de ofuscar aquela plenitude de luar de sert\u00e3o.
\nN\u00e3o-cidade. Pois onde diziam ser o seu centro (quanto mais ent\u00e3o nos seus arredores), ouviam-se os grilos, as cigarras. Os vaga-lumes ziguezagueando seu pisca-pisca esmeralda.
\nO ar feito de brisa ou leve vento das noites de ver\u00e3o fort\u00edssimo recendia o inebriante aroma de mata. Que com os rios e o muito ap\u00f3s os rios aquele povoado circundava.
\nN\u00e3o-cidade. Pois seus habitantes, econ\u00f4mica e culturalmente simples e remediados. Dois ou tr\u00eas abastados. Nada de os necessitados, tampouco mendigos. As divisas se faziam por cercas de bala\u00fastre ou tabocas. Dormia-se com janela \u00e0 brisa. N\u00e3o havia not\u00edcia de ladr\u00f5es. As festas culminavam com bailes de terreiros em barracos armados com bambus e lona.
\nMas a n\u00e3o-cidade continha tra\u00e7os de cidade: havia pessoas propriet\u00e1rias de autom\u00f3veis. Havia combis-lota\u00e7\u00e3o. Havia camionetes-carreto. Havia um posto de uma empresa de \u00f4nibus cuja linha ligava a cidadezinha \u00e0 ultraciviliza\u00e7\u00e3o.
\nDepois, a n\u00e3o-cidade foi tomada por megaempresas que, em pontos de seus rios, erigiriam grandes hidrel\u00e9tricas. A cidadezinha, desde ent\u00e3o, envaideceu-se. Deu pra pabulagem: logo, logo se tornaria uma grande cidade grande.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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