{"id":286,"date":"2004-03-26T00:46:42","date_gmt":"2004-03-26T00:46:42","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=286"},"modified":"2016-09-24T00:47:33","modified_gmt":"2016-09-24T00:47:33","slug":"microlembrancas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/03\/26\/microlembrancas\/","title":{"rendered":"Microlembran\u00e7as"},"content":{"rendered":"\n\n\n
Data 26\/mar\u00e7o\/2004<\/span><\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0A cena do dia estampada pelo jornal era a de um mico em meio aos fios el\u00e9tricos da rede de energia da rua. Teve um calafrio. Pertencia \u00e0 comunidade an\u00f4nima dos amantes dos animais. E tratava-se de um esp\u00e9cime meio radical. O que o punha muita vez em conflito consigo mesmo: ajustar-se \u00e0 sua contemporaneidade sem abdicar da intransigente condi\u00e7\u00e3o de defensor perp\u00e9tuo dos animais.
\nIsso porque vive um mundo em que matar continua cada vez mais uma rotina na ordem do dia. Matam-se a si e aos outros: homens, mulheres, crian\u00e7as e velhos. Inocentes, suspeitos e insuspeitos pagam pelo que n\u00e3o sabem. Regimes pol\u00edticos em que matar n\u00e3o \u00e9 crime, em que morrer matando \u00e9 sublime.
\nImagine-se, pois, o sujeito adepto \u00e0 vida de qualquer, inclusive de insetos. Os insetos coabitam neste universo. No entanto, tidos j\u00e1 pela sua pr\u00f3pria condi\u00e7\u00e3o de ser: insetos, s\u00e3o sempre vistos como um potencial perigo, bichos que, por nocivos ao bem-estar do homem, devem ser autom\u00e1tica, imediata e impulsivamente exterminados.
\nOs mosquitos! Malditos transmissores antigos de doen\u00e7as de grande risco. Desde o impaludismo. H\u00e1 que extermin\u00e1-los de imediato. O seu abate implica, n\u00e3o o fim, a conten\u00e7\u00e3o das suas doen\u00e7as; n\u00e3o a extin\u00e7\u00e3o da endemia, um arrefecimento do epid\u00eamico. Para a suspens\u00e3o do desassossego. \u00c9 de quem incapaz de extinguir o mal vai, infinda e desesperadamente, extinguindo os que involuntariamente o transmite.
\nAs baratas! Como n\u00e3o evit\u00e1-las! N\u00e3o deix\u00e1-las escapar! S\u00e3o a encarnada imagem do nojoso, da contamina\u00e7\u00e3o! Tanto que tornou-se enorme a rede de ind\u00fastrias de inseticidas. Tratamento n\u00e3o diferenciado se dispensa aos demais bichos meio-dom\u00e9sticos, quando esporadicamente se insurgem pelas casas, nos (pseudo)quintais, na varanda, no quarto de despejo. Sina das aranhas, dos besouros, dos sapos, das mariposas, das lagartixas, das formigas, dos embu\u00e1s, das lesmas, das abelhas.
\nUm mico por aqueles fios de alta tens\u00e3o. Como fora poss\u00edvel permitirem um fato desse? O pobre macaquinho pensando percorrer algum lugar de parentesco com mata, \u00e1rvores, sem imaginar a imin\u00eancia de uma morte s\u00fabita. Havia que se ter tomado alguma medida r\u00e1pida e eficaz. Chamar os bombeiros, al\u00e7ar uma grande vara, chamar o zool\u00f3gico de onde decerto escapara. Alguma coisa salvacionista deveria ter sido feita antes da fatal eletrocuss\u00e3o a qualquer momento.
\nTodavia, toda aquela afli\u00e7\u00e3o tratava-se de um puro subjetivismo anacr\u00f4nico, pois estava ante uma fotografia trazida por um jornal. O que pressupunha pelo menos um dia (se n\u00e3o uma foto de arquivo \u00e0 espera de publica\u00e7\u00e3o) depois do fato. \u00c0quela hora o mico havia desaparecido (fato bem mais prov\u00e1vel), eletrocutado por um fio qualquer daqueles, no qual n\u00e3o se pode tocar, ou resgatado por alguma interven\u00e7\u00e3o a tempo (fato muito pouco prov\u00e1vel).
\nUm macaco solto em plena metr\u00f3pole deslizando pelas \u00e1rvores el\u00e9tricas daquela selva de pr\u00e9dios! Vieram-lhe evocadas, em conseq\u00fc\u00eancia, duas situa\u00e7\u00f5es vividas relacionadas com micos. Formado, diploma no bolso, ideais e ideologia lustrados, jogou-se no oceano da vida. E os caminhos que passara a percorrer, os quais levavam-no \u00e0 ilha em que aportara e \u00e0 civiliza\u00e7\u00e3o de que sa\u00edra, davam muitos bichos, pois se tratava de uma \u00fanica estrada cuja travessia fazia-se em meio a quil\u00f4metros de mata virgem. Um reserva floresta do Estado. Micos aos montes. Dentre eles a rel\u00edquia anunciada em extin\u00e7\u00e3o: o microle\u00e3o.
\nA outra. Um apartamento num dos mais famosos pr\u00e9dios da metr\u00f3pole. Um sujeito apaixonado por micos e um mico que clandestinamente lhe fazia companhia. Morto o cara em tr\u00e1gico acidente, o mico foi parar numa gaiola. E esse desastre n\u00e3o demorou tamb\u00e9m para mat\u00e1-lo.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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