{"id":296,"date":"2004-05-07T00:52:34","date_gmt":"2004-05-07T00:52:34","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=296"},"modified":"2016-09-24T00:53:25","modified_gmt":"2016-09-24T00:53:25","slug":"a-binaria-negra-branca-vida","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/","title":{"rendered":"A bin\u00e1ria negra branca vida"},"content":{"rendered":"\n\n\n
Data 07\/maio\/2004<\/span><\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n

\u00a0 \u00a0 \u00a0\u00c9 certo que no mundo, na vida, nada \u00e9 un\u00edssono, un\u00e2nime. A vida \u00e9 bin\u00e1ria. Desde muito cedo aprendera. Ent\u00e3o, nada era definitivo. Viver \u00e9 cont\u00ednuo. Ser \u00e9 ir-se.
\nMenino, fora aprendendo. A cor da pele, dos cabelos. Os seus e os de seus amigos. Cabelos negros e lisos; cabelos louros encrespados. Sobre pele clara, dita branca. Que, quando muito ao sol, fogueava feito rosa exposta em jardins.
\nCabelos negros encaracolados. Sobre a massa encef\u00e1lica; sobre o rosto, quando homens em barba; sobre o p\u00fabis quando homens com sua acabada genit\u00e1lia. E negra pele como o carv\u00e3o de extinta brasa. Desta persistindo sua cor nos l\u00e1bios, nas gengivas da boca.
\nE como a descobrir que a bin\u00e1ria condi\u00e7\u00e3o n\u00e3o conseguia unanimidade, tamb\u00e9m tinha entre seus amigos o branco-negro; o negro-branco. Os quais constavam do fich\u00e1rio escolar, da ficha dos registros dos times de campeonatos mirins de futebol como morenos.
\nA ra\u00e7a Brasil, rompera o binarismo negro e branco. E fez-se a condi\u00e7\u00e3o tern\u00e1ria conseq\u00fcente: mulata, cafuza, cabocla. Desde de a\u00ed, dessa inf\u00e2ncia feita de extrovers\u00f5es, mas introvers\u00f5es acentuadas, de ficar horas enrustido consigo (Onde voc\u00ea estava, menino?! Voc\u00ea sumiu!) pensando os amigos, as amigas; pensando os homens; pensando a escola, as professoras; pensando o futebol, sua arrebatadora paix\u00e3o; pensando a vida, o mundo.
\nDescobria, sim, que se a natureza se dera em aparente forma bin\u00e1ria de organiza\u00e7\u00e3o com seu ritmo sim-n\u00e3o; com sua aparente macrodualidade dia-noite, vida-morte, quente-frio, claro-escuro, amor-\u00f3dio, deserto-floresta.
\nDescobria, sim, que todavia, por detr\u00e1s desta apar\u00eancia mantinha sua mulaticidade, sua cafuzice, seu caboclismo. Consigo carregava, entre o ver\u00e3o e o inverno, o outono; entre o inverno e o ver\u00e3o, a primavera; entre o dia e a noite, o crep\u00fasculo; entre a noite e o dia, a madrugada aurora; entre o macho e a f\u00eamea, o andr\u00f3gino; entre o homem e a mulher, o mis\u00f3gino.
\nE descobria que a sociedade se encarregava de aprofundar, depurar, refinar o quebrado binarismo. A rota sua diversa da da natureza segue mult\u00edplice inst\u00e1vel, movida pelo pulso e impulso do ef\u00eamero. Que a binaridade, o dualismo n\u00e3o perde o p\u00e9, n\u00e3o se desenra\u00edza, se mant\u00e9m matriz, mas infindamente segue multifaceando-se. Parece ser a condi\u00e7\u00e3o humana que a sociedade a si estabelece para sustentar-se em vida at\u00e9 o fim que se faz por esp\u00e9cime como norma; por esp\u00e9cie em seus espasmos de paran\u00f3ia \u2013 um de seus diferenciadores da natureza inatamente s\u00f3bria.
\nAssim, notara, que sua vida se conduzira com acentuada presen\u00e7a do binarismo branco e negro. Menino, convivera com um amigo com quem dividia o mesmo devotado amor \u00e0 bola. Nos campos de pelada, depois no time infanto-juvenil da cidade, fizeram dupla famosa. Remetiam-nos a Pel\u00e9-Coutinho. Apenas que eram um negro e o outro branco. E a conjuga\u00e7\u00e3o do campo projetava-se para outros estados sociais. Juntos no clube, no passeio p\u00fablico, na escola. E nisto tamb\u00e9m se diferenciavam: um, apaixonado pelos gibis, os livros; o outro mal conseguia suportar a escola, a leitura: rodar pi\u00e3o, empinar pipas, andar pelas ruas.
\nMo\u00e7o, outra parceira negro e branco. Afinidade estabelecida no gin\u00e1sio, estendida ao col\u00e9gio. \u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0Depois dispersada pelas buscas diferentes de forma\u00e7\u00e3o adulta. Todavia, uma conviv\u00eancia intensa enquanto durara. J\u00e1 o negro (ambos pobres) se ressentia visivelmente da silenciosa discrimina\u00e7\u00e3o. Contra o que o branco supunha apoi\u00e1-lo, estimul\u00e1-lo e lade\u00e1-lo nos confrontos e afrontas. Nisso assentava-se a outra n\u00edtida diferen\u00e7a neles. Enquanto a pele falava alto em um, no outro alto falava o inconformismo ante a opul\u00eancia e a mis\u00e9ria, a boa-vida e fartura e o trabalho estafante e a escassez bruta. Perderam-se. No reencontro, a vida j\u00e1 havia dotado-os de grandes antagonismos, que mal conseguiram manter-se para a respeitosa amizade.
\nE uma terceira. Branco e negro amigos feitos pela mesma ambi\u00e7\u00e3o de tornar a vida humana em democracia de verdade. Conviv\u00eancia pol\u00edtica. Partilharam campanhas eleitorais, dire\u00e7\u00e3o de entidades sociais. Depois, enfastiados, deixaram isso. Amigos arredios. Cada qual com sua vida e vez em quando se vendo. Diferenciava-os seus afazeres profissionais e situa\u00e7\u00f5es sociais. E a morte, mais tarde, sobrep\u00f4s a laje da separa\u00e7\u00e3o absoluta.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Data 07\/maio\/2004 \u00a0 \u00a0 \u00a0\u00c9 certo que no mundo, na vida, nada \u00e9 un\u00edssono, un\u00e2nime. A vida \u00e9 bin\u00e1ria. Desde muito cedo aprendera. Ent\u00e3o, nada era definitivo. Viver \u00e9 cont\u00ednuo. Ser \u00e9 ir-se. Menino, fora aprendendo. A cor da pele, dos cabelos. Os seus e os de seus amigos. Cabelos negros e lisos; cabelos louros […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[17],"tags":[77],"yoast_head":"\nA bin\u00e1ria negra branca vida - POETAGEM<\/title>\n<meta name=\"robots\" content=\"index, follow, max-snippet:-1, max-image-preview:large, max-video-preview:-1\" \/>\n<link rel=\"canonical\" href=\"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/\" \/>\n<meta property=\"og:locale\" content=\"pt_BR\" \/>\n<meta property=\"og:type\" content=\"article\" \/>\n<meta property=\"og:title\" content=\"A bin\u00e1ria negra branca vida - POETAGEM\" \/>\n<meta property=\"og:description\" content=\"Data 07\/maio\/2004 \u00a0 \u00a0 \u00a0\u00c9 certo que no mundo, na vida, nada \u00e9 un\u00edssono, un\u00e2nime. A vida \u00e9 bin\u00e1ria. Desde muito cedo aprendera. Ent\u00e3o, nada era definitivo. Viver \u00e9 cont\u00ednuo. Ser \u00e9 ir-se. Menino, fora aprendendo. A cor da pele, dos cabelos. Os seus e os de seus amigos. Cabelos negros e lisos; cabelos louros […]\" \/>\n<meta property=\"og:url\" content=\"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/\" \/>\n<meta property=\"og:site_name\" content=\"POETAGEM\" \/>\n<meta property=\"article:published_time\" content=\"2004-05-07T00:52:34+00:00\" \/>\n<meta property=\"article:modified_time\" content=\"2016-09-24T00:53:25+00:00\" \/>\n<meta name=\"twitter:card\" content=\"summary_large_image\" \/>\n<meta name=\"twitter:label1\" content=\"Escrito por\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data1\" content=\"Tito Damazo\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:label2\" content=\"Est. tempo de leitura\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data2\" content=\"4 minutos\" \/>\n<script type=\"application\/ld+json\" class=\"yoast-schema-graph\">{\"@context\":\"https:\/\/schema.org\",\"@graph\":[{\"@type\":\"WebSite\",\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#website\",\"url\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/\",\"name\":\"POETAGEM\",\"description\":\"Por Tito Damazo\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"SearchAction\",\"target\":{\"@type\":\"EntryPoint\",\"urlTemplate\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/?s={search_term_string}\"},\"query-input\":\"required name=search_term_string\"}],\"inLanguage\":\"pt-BR\"},{\"@type\":\"WebPage\",\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/#webpage\",\"url\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/\",\"name\":\"A bin\u00e1ria negra branca vida - POETAGEM\",\"isPartOf\":{\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#website\"},\"datePublished\":\"2004-05-07T00:52:34+00:00\",\"dateModified\":\"2016-09-24T00:53:25+00:00\",\"author\":{\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238\"},\"breadcrumb\":{\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/#breadcrumb\"},\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"ReadAction\",\"target\":[\"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/\"]}]},{\"@type\":\"BreadcrumbList\",\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/#breadcrumb\",\"itemListElement\":[{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":1,\"name\":\"In\u00edcio\",\"item\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/\"},{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":2,\"name\":\"A bin\u00e1ria negra branca vida\"}]},{\"@type\":\"Person\",\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238\",\"name\":\"Tito Damazo\",\"image\":{\"@type\":\"ImageObject\",\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#personlogo\",\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"url\":\"http:\/\/2.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g\",\"contentUrl\":\"http:\/\/2.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g\",\"caption\":\"Tito Damazo\"},\"description\":\"O professor Tito Damazo \u00e9 licenciado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ci\u00eancias e Letras de Pen\u00e1polis (1972) e especialista em Teoria da Literatura pela mesma faculdade em 1980. \u00c9 mestre em Letras pela Universidade Estadual Paulista \u201cJ\u00falio de Mesquita Filho\u201d \u2013 campus de S\u00e3o Jos\u00e9 do Rio Preto (1997) e doutor em Letras na \u00e1rea de Literaturas em L\u00edngua Portuguesa, em 2004, pela mesma Universidade. No Centro Universit\u00e1rio Toledo de Ara\u00e7atuba, Tito Damazo \u00e9 professor de Literatura Brasileira e Teoria Liter\u00e1ria e coordenador do curso de Letras. Tito Damazo \u00e9 autor do livro de poesias \u201cInsubmiss\u00e3o\u201d e membro da Academia Ara\u00e7atubense de Letras.\",\"sameAs\":[\"http:\/\/poetagem.com.br\"],\"url\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/author\/tito-damazo\/\"}]}<\/script>\n<!-- \/ Yoast SEO plugin. -->","yoast_head_json":{"title":"A bin\u00e1ria negra branca vida - POETAGEM","robots":{"index":"index","follow":"follow","max-snippet":"max-snippet:-1","max-image-preview":"max-image-preview:large","max-video-preview":"max-video-preview:-1"},"canonical":"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/","og_locale":"pt_BR","og_type":"article","og_title":"A bin\u00e1ria negra branca vida - POETAGEM","og_description":"Data 07\/maio\/2004 \u00a0 \u00a0 \u00a0\u00c9 certo que no mundo, na vida, nada \u00e9 un\u00edssono, un\u00e2nime. A vida \u00e9 bin\u00e1ria. Desde muito cedo aprendera. Ent\u00e3o, nada era definitivo. Viver \u00e9 cont\u00ednuo. Ser \u00e9 ir-se. Menino, fora aprendendo. A cor da pele, dos cabelos. Os seus e os de seus amigos. Cabelos negros e lisos; cabelos louros […]","og_url":"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/","og_site_name":"POETAGEM","article_published_time":"2004-05-07T00:52:34+00:00","article_modified_time":"2016-09-24T00:53:25+00:00","twitter_card":"summary_large_image","twitter_misc":{"Escrito por":"Tito Damazo","Est. tempo de leitura":"4 minutos"},"schema":{"@context":"https:\/\/schema.org","@graph":[{"@type":"WebSite","@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#website","url":"http:\/\/poetagem.com.br\/","name":"POETAGEM","description":"Por Tito Damazo","potentialAction":[{"@type":"SearchAction","target":{"@type":"EntryPoint","urlTemplate":"http:\/\/poetagem.com.br\/?s={search_term_string}"},"query-input":"required name=search_term_string"}],"inLanguage":"pt-BR"},{"@type":"WebPage","@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/#webpage","url":"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/","name":"A bin\u00e1ria negra branca vida - POETAGEM","isPartOf":{"@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#website"},"datePublished":"2004-05-07T00:52:34+00:00","dateModified":"2016-09-24T00:53:25+00:00","author":{"@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238"},"breadcrumb":{"@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/#breadcrumb"},"inLanguage":"pt-BR","potentialAction":[{"@type":"ReadAction","target":["http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/"]}]},{"@type":"BreadcrumbList","@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/2004\/05\/07\/a-binaria-negra-branca-vida\/#breadcrumb","itemListElement":[{"@type":"ListItem","position":1,"name":"In\u00edcio","item":"http:\/\/poetagem.com.br\/"},{"@type":"ListItem","position":2,"name":"A bin\u00e1ria negra branca vida"}]},{"@type":"Person","@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238","name":"Tito Damazo","image":{"@type":"ImageObject","@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#personlogo","inLanguage":"pt-BR","url":"http:\/\/2.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g","contentUrl":"http:\/\/2.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g","caption":"Tito Damazo"},"description":"O professor Tito Damazo \u00e9 licenciado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ci\u00eancias e Letras de Pen\u00e1polis (1972) e especialista em Teoria da Literatura pela mesma faculdade em 1980. \u00c9 mestre em Letras pela Universidade Estadual Paulista \u201cJ\u00falio de Mesquita Filho\u201d \u2013 campus de S\u00e3o Jos\u00e9 do Rio Preto (1997) e doutor em Letras na \u00e1rea de Literaturas em L\u00edngua Portuguesa, em 2004, pela mesma Universidade. No Centro Universit\u00e1rio Toledo de Ara\u00e7atuba, Tito Damazo \u00e9 professor de Literatura Brasileira e Teoria Liter\u00e1ria e coordenador do curso de Letras. Tito Damazo \u00e9 autor do livro de poesias \u201cInsubmiss\u00e3o\u201d e membro da Academia Ara\u00e7atubense de Letras.","sameAs":["http:\/\/poetagem.com.br"],"url":"http:\/\/poetagem.com.br\/author\/tito-damazo\/"}]}},"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/296"}],"collection":[{"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=296"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/296\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":297,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/296\/revisions\/297"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=296"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=296"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=296"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}