{"id":59,"date":"2005-04-01T17:20:11","date_gmt":"2005-04-01T17:20:11","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=59"},"modified":"2016-09-23T17:21:45","modified_gmt":"2016-09-23T17:21:45","slug":"metropole","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/poetagem.com.br\/2005\/04\/01\/metropole\/","title":{"rendered":"Metr\u00f3pole"},"content":{"rendered":"\n\n\n
Data <\/span>01\/Abr\/2005<\/span><\/span><\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n

\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0Uma metr\u00f3pole assusta. Tamanho incomensur\u00e1vel. Que parece intermin\u00e1vel. Que parece nunca parar de expandir-se. Que jamais \u00e9 a mesma. Que feito F\u00eanix vive fazendo-se, desfazendo-se e refazendo-se.
\nUma metr\u00f3pole \u00e9 um poligigantesco m\u00f3bile multifurtacores; multifurtadores; multifurtamores; multifurtarrancores, multifurtaodores; multifurtahorrores.
\nMetr\u00f3pole parece-se com o ciclo da vida. No in\u00edcio foi mata verde com rios de \u00e1guas limpas; com animais silvestres; com p\u00e1ssaros e insetos sendo seus habitantes. O despertar das manh\u00e3s ruidosas tecidas por relinchos, mugidos, urros, berros, gorjeios, cantares zumbidos, sons de ventos percutindo nas \u00e1rvores, nos barrancos dos rios.
\nA pacatez das tardes modorrentas quase completamente caladas, quando a sonol\u00eancia grassa pela mata. Depois as noites soturnas, quando tudo adormece, ficando vivos apenas os animais que somente \u00e0 noite despertam.
\nE chega o tempo em que o homem a mata descobre. Instala-se com sua cho\u00e7a. Planta sua ro\u00e7a. Mata e espanta a ca\u00e7a. Real\u00e7a um pasto para seu gado e cavalos. Soma-se a aliados na expans\u00e3o do que se torna um povoado. Que ascende a vila. Que ascende a cidade. Pequena ainda, todavia j\u00e1 com cara civilizada. O com\u00e9rcio feito de armaz\u00e9ns, de armarinhos, lojas, a\u00e7ougue, bares, sapataria, pens\u00f5es. E o pa\u00e7o municipal. O cart\u00f3rio. O grupo escolar. A delegacia de pol\u00edcia. A coletoria. A pra\u00e7a. A igreja.
\nOcorre de ali instalar-se, pelas raz\u00f5es que o olho do capital eximiamente sabe, uma f\u00e1brica. Que logo se torna ind\u00fastria. Pronto: a vertigem civitas fermenta. Similares e decorrentes v\u00eam no rastro. O faro financeiro logo planta o sistema banc\u00e1rio. Quando se v\u00ea, j\u00e1 \u00e9 uma baita cidade. E querendo mais. No crescimento da cidade \u00e9 que medem o desenvolvimento do capital cujo vigor expansionista \u00e9 infind\u00e1vel.
\nCidade grande \u00e9 lugar de grande consumo. Quer\u00eancia maior do capital. Cidade grande leva a crerem ser onde a vida melhor se explica. \u00c9 rica. Logo, p\u00f3lo de atra\u00e7\u00e3o de multid\u00e3o de vida in\u00edqua. Preferem-na \u00e0 vegetativa, empobrecida e destitu\u00edda vida das entorpecidas cidadezinhas. Preferem-na \u00e0 empedernida pobreza nordestina.
\nNa grande cidade a vida passa mais r\u00e1pida. S\u00e3o tantos os apelos \u00e0 esperan\u00e7a, \u00e0 cobi\u00e7a, aos desejos, que o estado em que est\u00e1 \u00e9, para qualquer pessoa, sempre provis\u00f3rio. Logo, vai passar. Ainda que quase sempre nunca passe. As ilus\u00f5es e os sonhos s\u00e3o cont\u00ednuos, intermitentes, que acabam por se fazer uma condi\u00e7\u00e3o de ser.
\nNa metr\u00f3pole cabem os ricos, os remediados, os mendigos, os bandidos, os machos, os amb\u00edguos. Na metr\u00f3pole cabem os granitos, os neons, os grandes parques industriais com seus milhares de oper\u00e1rios bem e mal pagos. As grandes redes banc\u00e1rias com suas grandezas multiplicadas pelos eternos juros generosos.
\nNa metr\u00f3pole cabem os megapr\u00e9dios abrigando neg\u00f3cios, \u00f3cios, trabalhos laboriosos. Nela cabem bairros m\u00e9dios, bairros perif\u00e9ricos, bairros f\u00e9tidos com seus recursos leprosos, com seus usu\u00e1rios arruinados.
\nCabem na metr\u00f3pole homens s\u00f3lidos; homens s\u00f3rdidos; homens dolosos; homens inescrupulosos; homens cancerosos; homens rancorosos.
\nA metr\u00f3pole \u00e9 uma espantosa s\u00edntese. Nela coexistem a riqueza, a mis\u00e9ria e a opul\u00eancia; o capital e o trabalho. A metr\u00f3pole \u00e9 o sofrimento, a aporrinha\u00e7\u00e3o, o aborrecimento, a correria, o desenfreado movimento, dos quais seus metropolitanos n\u00e3o admitem se desvencilhar.<\/span><\/p>\n

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