{"id":87,"date":"2005-07-14T18:04:42","date_gmt":"2005-07-14T18:04:42","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=87"},"modified":"2016-09-23T18:05:24","modified_gmt":"2016-09-23T18:05:24","slug":"o-feio-bonito-lhe-parece","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/poetagem.com.br\/2005\/07\/14\/o-feio-bonito-lhe-parece\/","title":{"rendered":"O feio bonito lhe parece"},"content":{"rendered":"\n\n\n
Data <\/span>14\/jul\/2005<\/span><\/span><\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n

(\u00c1ghata: meu e-mail continua damaso, quando deve ser damazo)<\/span> <\/p>\n

Morto. A alcunha que na vida di\u00e1ria lhe substitu\u00edra o sobrenome. Jo\u00e3o Morto. Homenzarr\u00e3o. E gordo. Um touro. E manso como toda for\u00e7a bruta. A surdez talvez ajudasse. E, em vez de irrit\u00e1-lo, ela por certo o impelia a buscar a paci\u00eancia do interlocutor. Homem pau-pra-toda-obra. Sorriso l\u00e1bil f\u00e1cil. Ser para os outros, tamanha era a solidariedade de Jo\u00e3o Morto. L\u00eddimo exemplo de o feio bonito lhe parece.
\nFora para ali aplacar a epidemia de mal\u00e1ria. Pertencia ao quadro de funcion\u00e1rio da Sa\u00fade que a isso se destinava. A maleita e o mal de chagas. Pulverizavam casas e casebres em s\u00edtios e matas. O lugar, um recanto repleto de faltas, isolado, de dif\u00edcil acesso. Jo\u00e3o Morto instalou ali seu sossego. Pois o feio bonito lhe parece: Jo\u00e3o Morto se casou com uma professora de escola prim\u00e1ria. Vieram as filhas radicando-o ainda mais naquelas plagas em que, devagar, ia contornando suas pragas.
\nCriou-se a escola secund\u00e1ria. Cursos diurnos e noturnos com s\u00e9ries de quinta a oitava. Formou-se uma classe de alunos adultos. Quase todos alfabetizados pelo Mobral. Exceto um ou outro. Dos quais, Jo\u00e3o Morto. Estava acima do grupo. Descobrira a leitura h\u00e1 muito. Numa certa ida demorada para long\u00ednquos s\u00edtios e fazendas, levara um livro que lhe ca\u00edra \u00e0 m\u00e3o: Mar morto. A curiosidade da coincid\u00eancia levou Jo\u00e3o Morto a ler. E Jorge Amado lhe fisgou o gosto.
\nNa escola, o professor de portugu\u00eas o soube. Ficou surpreso. Aquele bruta homem que se lhe figurara um bronco! O per\u00edodo escolar foi para ele uma b\u00ean\u00e7\u00e3o. Exultava-se com as aulas. A todos socorria. Como se professor. Os professores um bando de meninada nova, rec\u00e9m-formados, eram-lhe instiga\u00e7\u00e3o intelectual. Discutia. Perguntava. Consultava. Disparadamente o mais arguto e ligado.
\nFoi descobrindo cientistas, fil\u00f3sofos, poetas, romancistas outros. Encantou-se com Graciliano Ramos. Vidas secas foi seu assunto cont\u00ednuo quanto tempo! A gente quase toda daquele lugar provinha do Nordeste. Como eles mesmos repetiam, era tudo cabra da peste. Para Jo\u00e3o Morto, ningu\u00e9m, portanto, podia deixar de ler aquele romance. Instigava os professores de portugu\u00eas a tornar a obra leitura obrigat\u00f3ria.
\nPor menos que nada ali acontecesse, ainda que em tudo parecesse sempre igual, o lugarejo ia pontuando-se de gradativa progress\u00e3o. Jo\u00e3o Morto seguia cada vez mais surdo. Por\u00e9m, a alma viva. Riso f\u00e1cil no princ\u00edpio; ou no meio; ou no final de alguma conversa. Ou durante, quase sempre.
\nJ\u00e1 descobrira Dostoi\u00e9vski, andava querendo saber sobre Proust. Dissera ter curtido longo sil\u00eancio antes de anunciar aos professores que tinha lido Grande sert\u00e3o:veredas. Tal o assombro.
\nDe jeito nenhum suas filhas ficariam ali o resto de sua vida. Tamb\u00e9m elas j\u00e1 haviam vencido os n\u00edveis de escolaridade existente. Foi-se embora para uma cidade maior. Onde muitos parentes moravam. Aposentado. Vida de dentro de casa. As leituras, por mais prazerosas, n\u00e3o foram suficientes para impedir o t\u00e9dio que, segundo o m\u00e9dico, tornou-se dura depress\u00e3o.
\nPegou doen\u00e7a f\u00edsica que o atirou em UTI. N\u00e3o sabiam ao certo de que exatamente se tratava. Foi dif\u00edcil e longo per\u00edodo. Safou-se, por\u00e9m. Precisava fazer alguma coisa. Se n\u00e3o, tudo acabaria se repetindo.
\nMas o qu\u00ea, naquela altura? Viveu uns meses assim se indagando, enquanto vagava pelas cal\u00e7adas, afugentando os males. Observava a vida que ia se desfiando nas ruas; nos bares; nos bazares; nas pra\u00e7as; nos p\u00e1ssaros. Trocava cumprimentos e sorrisos. Proseava numa banca. Reinvestigava as mesmices de uma \u00fanica (livraria) papelaria.
\nFoi ent\u00e3o que lhe cruzou o caminho seu Ant\u00f4nio Rosemiro. Fazendeir\u00e3o sem igual l\u00e1 daquele lugarejo. Vivia agora s\u00f3 que passeava. Tudo nas m\u00e3os dos filhos. Ordem m\u00e9dica. Ia mais a velha conhecendo os grandes com\u00e9rcios do Brasil.
\nDepois de muita prosa mutuoinformativa, seu Ant\u00f4nio Rosemiro firmou com o outro acordo apalavreado. Dentro de um ano, com toler\u00e2ncia de mais meio, Jo\u00e3o Morto teria pronta a vida romanceada de Ant\u00f4nio Rosemiro, o maior fazendeiro de Natel\u00f3polis, onde por muitos anos conviveram. Enquanto, Jo\u00e3o Morto j\u00e1 ia cogitando em fazer a mesma proposta a outros importantes conhecidos seus.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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