{"id":91,"date":"2005-08-11T18:06:36","date_gmt":"2005-08-11T18:06:36","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=91"},"modified":"2016-09-23T18:07:14","modified_gmt":"2016-09-23T18:07:14","slug":"pai","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/poetagem.com.br\/2005\/08\/11\/pai\/","title":{"rendered":"Pai"},"content":{"rendered":"\n\n\n
Data <\/span>11\/ago\/2005<\/span><\/span><\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n

Filhos. N\u00e3o t\u00ea-los, seria o fim. Mant\u00ea-los acaba sendo o que se tem por fim. No fim, sab\u00ea-los melhores do que fora. P\u00f3dio almejado quando se cuida desse vale de l\u00e1grimas, desse deus-nos-acuda.
\nA trilha de um filho em que se semeiam m\u00faltiplas minas: o canto das serias doidivanas; a magia dos alucin\u00f3genos; a sedu\u00e7\u00e3o das vitrines; a decanta\u00e7\u00e3o das linguagens com suas insinuantes pabulagens.
\nFilho estabelece estados v\u00e1rios no estado-fam\u00edlia. H\u00e1 que lhe prover com a melhor comida. H\u00e1 que lhe obter as melhores acolhidas. H\u00e1 que lhe conceber as mais dignas tratativas.. H\u00e1 que lhe dotar das necess\u00e1rias sabedorias. H\u00e1 que lhe coibir as deformantes idolatrias. H\u00e1 que lhe preparar contra as muitas patifarias. H\u00e1 que lhe aclarar as destrutivas evasivas. H\u00e1 que lhe alertar sobre as in\u00fateis confrarias. H\u00e1 que lhe vacinar contra as corrosivas mesquinharias. H\u00e1 que lev\u00e1-lo a aprender os estados de calmaria. H\u00e1 que lhe ensinar os v\u00e1rios estratagemas contra os pusil\u00e2nimes e as covardias. H\u00e1 que lhe dizer sobre as ast\u00facias das piratarias. H\u00e1 que lhe encarecer os benef\u00edcios da disciplina. H\u00e1 que lhe apontar os pr\u00f3s e os contras da rebeldia. H\u00e1 que prepar\u00e1-lo para as incessantes alquimias. H\u00e1 que lhe acautelar das impercept\u00edveis ridicularias. H\u00e1 que encoraj\u00e1-lo pela conquista de sua autonomia.
\nUm filho p\u00f5e um pai n\u00e3o s\u00f3 na condi\u00e7\u00e3o de animal protetor. Bole com seus sossegados neur\u00f4nios. O que lhe a de vir e o que lhe a de ser v\u00e3o com ele onde for. Um pai por seu filho tudo faz. D\u00e1-lhe mimo e cartaz. O quer, das crian\u00e7as, a mais sagaz. Esfor\u00e7a-se por aceitar quando ele fica para tr\u00e1s. Um pai, mesmo o que de abrir-se n\u00e3o seja capaz, desmantela-se todo ao vir enobrecido o seu rapaz. Um pai sempre estende ao filho a sua bandeira de paz. Um pai projeta-se manifesta ou hermeticamente na virilidade do filho tenaz. P\u00f5e-se em consterna\u00e7\u00e3o inconsol\u00e1vel, quando se lhe insurge um filho sequaz. P\u00f5e-se cabisbaixo, alquebrado ante um filho ferrabr\u00e1s.
\nO sonho de pai \u00e9 ter o filho alcan\u00e7ado ao triunfo. A esperteza do pai pelo filho acaba, muita vez, o tornando um grande intruso. A defesa cega do pai em favor do filho acaba quase sempre em inaceit\u00e1veis abusos. O excessivo zelo que lhe vota o pai, muita vez, p\u00f5e o filho em desespero. O manique\u00edsmo por que se conduz o pai constr\u00f3i o filho que vive com o medo em p\u00ealo. A nenhuma humildade do pai fomenta o filho soberbo. As inoper\u00e2ncias e trucul\u00eancias de um pai em desmazelo p\u00f5em o filho em aflitivos atropelos. Os moralismos freq\u00fcentes do pai inconseq\u00fcente resultam um filho a esmo.
\nA confian\u00e7a do filho no pai abre as portas para sua eterna alian\u00e7a. As surras levadas pelo filho inoculam-lhe indefinido sentimento de vingan\u00e7a. O impacto que lhe imputa a alargada ignor\u00e2ncia do pai semeia no filho uma ign\u00f3bil gan\u00e2ncia. A incauta desfa\u00e7atez que move o pai instaura desgastantes conflitos com o filho, uma rela\u00e7\u00e3o tecida pela completa escassez. Embora pare\u00e7a meio imposs\u00edvel, muita vez, um filho tem o pai com declarado inimigo: porque \u00e9 homem de pouco siso; porque \u00e9 homem que n\u00e3o sabe dar sen\u00e3o tiros; porque \u00e9 torpe marido; porque tem com os outros cont\u00ednua atitude de bandido. Um filho conflita com o pai em virtude de oriundos das famigeradas gera\u00e7\u00f5es opostas. E, em vez de se darem conta disto, se d\u00e3o as costas. Muita vez o filho \u00e9 um prestimoso e dedicado pai do pai que passa o resto dos seus dias como sendo um filho que desfaz, acusando de pouco, o muito que lhe proporciona aquele filho pai.
\nUm filho ao pai: o meu pupilo; o meu guri. Um filho ao pai: o meu menino, meu orgulho, meu futuro. Um filho, ao pai: ele vai sair dessa, com minha luta, com minhas preces, com minhas promessas. Um filho ao pai: por qu\u00ea, o que n\u00e3o fiz por voc\u00ea, o que n\u00e3o houve para o merecer?
\nO pai sabe que a m\u00e3e lhe precede no cora\u00e7\u00e3o do filho, conquanto normalmente seja ele seu grande \u00eddolo. Um pai: os passos do filho levando consigo os projetos, os sonhos que se fizeram por seu destino.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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