{"id":101,"date":"2005-11-05T18:13:59","date_gmt":"2005-11-05T18:13:59","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=101"},"modified":"2016-09-23T18:14:43","modified_gmt":"2016-09-23T18:14:43","slug":"uma-flor","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/poetagem.com.br\/2005\/11\/05\/uma-flor\/","title":{"rendered":"Uma flor"},"content":{"rendered":"\n\n\n
Data <\/span>05\/nov\/2005<\/span><\/span><\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n

A flor da cidade. Uma magn\u00f3lia exposta aos olhos todos cobi\u00e7osos e reverencidores. Olhos gordos. Olhos que buscavam devassar o intranspon\u00edvel. Por gula, prazer, admira\u00e7\u00e3o, ou somente a curiosidade feita das mais diversas inten\u00e7\u00f5es. Desde a compara\u00e7\u00e3o (em que sou menos que ela?) \u00e0 \u00e2nsia de identificar um defeito m\u00ednimo que deporia contra aquele absoluto esplendor.
\nUma pobre cidade pequena, modesta, o seu reino. Rainha inconteste. Portadora de rara beleza que mais esplendente ficava por seu dom de bela amabil\u00edssima. Por certo continha as r\u00e9deas da vaidade. A todos com os quais se encontrava distribu\u00eda sorriso e cumprimento. O que a credenciava ainda mais em simpatia e bem querer. Bela, inteligente e cordial. Prenda-mor que a cidadezinha, orgulhosa, ostentava e difundia.
\nTamb\u00e9m a protegia como sua mais cara rel\u00edquia. Era uma defesa natural. Como um pai protege a filha. Como um pastor defende suas ovelhas. Como um bicho cuida de sua cria. Os cidad\u00e3os todos da pequena pobre cidade se comportavam como naturais guardi\u00f5es daquele patrim\u00f4nio p\u00fablico encarecido. Houvesse algo errado contra sua magna donzela, rapidamente se informavam. E medidas imediatas se tomavam.
\nParecia que ningu\u00e9m ali pensasse em empreender uma decisiva a\u00e7\u00e3o de conquista a si do cora\u00e7\u00e3o da magna donzela. Pertencia ela \u2013 patrim\u00f4nio \u2013 \u00e0 alma coletiva. Logo n\u00e3o podia ser de um s\u00f3 algu\u00e9m. N\u00e3o que isso se discutisse. N\u00e3o. Tal fato era de certo um tabu. Todo o mundo, sem o dizer, sabia-o. Ela era uma p\u00fablica donzela cujo usufruto particular, mais que um abuso, seria um imperdo\u00e1vel ato escuso.
\nMagnificamente vestida a car\u00e1ter, ela assimilava os cortejos, o gracejos, os motejos (os velados desejos) os inumer\u00e1veis galanteios, onde fosse. No baile de gala mensalmente promovido pelo clube. Nas concorridas festas juninas para os fundos sem fundo da igreja. No palanque-mor, para prestigiar o desfile de anivers\u00e1rio daquela graciosa pequena cidade pobre. No carro-mor aleg\u00f3rico no desfile imperd\u00edvel da escola de samba do munic\u00edpio.
\nCada momento desses, mais servia para a cidade venerar a sua deusa da beleza, que t\u00e3o bem aqueles ciosos cidad\u00e3os tacitamente sabiam preservar. E a cada tributo desse, retribu\u00eda com seu efusivo sorriso, com a eleg\u00e2ncia de seus gr\u00e1ceis gestos. Inef\u00e1vel flor encantadora daquele rude jardim, cujos jardineiros esmeradamente a apascentavam.
\nEla conduzia-se, n\u00e3o obstante jovem, com a maturidade de mulher plena. N\u00e3o transparecia nela tra\u00e7os de pressa. Embora os anos andassem. N\u00e3o havia not\u00edcia de quaisquer esp\u00e9cimes de homem em sua vida. Isso havendo, logo se saberia.
\nSim, ausentava-se, rigorosamente, nos tr\u00eas meses das f\u00e9rias de ver\u00e3o. Para onde, exceto a m\u00e3e, que nada dizia, n\u00e3o se sabia. Nem se procurava saber, por que n\u00e3o se sabia, tampouco por que n\u00e3o se poderia saber.
\nO certo \u00e9 que veraneava. Voltava ainda mais bela sempre. Tr\u00eas meses de t\u00e1cita apreens\u00e3o. O receio de que voltasse com um homem \u00e0 tiracolo. O receio de que n\u00e3o mais voltasse. Cansada daquela vida de pura adora\u00e7\u00e3o. Desejosa de passar despercebida (o que por certo seria imposs\u00edvel), fosse para uma grande cidade, para nunca mais.
\nMas os temores n\u00e3o passavam de temores. Voltava dourada para seus adoradores. E sozinha, como sozinha ia. E dedicava-se aos bailes, aos desfiles. Vestida de sua inigual\u00e1vel beleza, de seu humor, de sua simpatia.
\nA cidadezinha com sua princesa. O caso ganhou a boca do mundo. Em todo recanto se sabia do encanto que ali produzia a beleza daquela mulher. Encanto de efeito comprovado: zero, o \u00edndice de criminalidade. Zero, os \u00edndices de furto e roubo. Zero, o \u00edndice de indig\u00eancia. Zero, o \u00edndice de pobreza absoluta. Zero, o \u00edndice de evas\u00e3o e repet\u00eancia escolares. Zero, o \u00edndice de mortalidade infantil. O fato, averiguado, causava espanto. Mas era uma singularidade. Algo t\u00e3o intrinsicamente pr\u00f3prio daquela cidade. N\u00e3o se prestava como modelo. Pois que, ali, brotara, naturalmente, como uma rara flor. E tudo fora se dando de forma simples e espont\u00e2nea.
\nTodavia, deu-se o imponder\u00e1vel. A donzela bela, um dia, amanheceu morta. A como\u00e7\u00e3o vazou por todos os poros da cidade. Espalhou-se pelo pa\u00eds a sua s\u00fabita orfandade. E ningu\u00e9m se atreveu a conhecer a causa-morte. Era necess\u00e1rio, ainda que com muita dor, respeitar o seu direito de morrer. A verdade da morte n\u00e3o era necess\u00e1ria.
\nDecerto mudava seu modo de reger a paz daquela cidade. Passaria a reg\u00ea-la morta.<\/p>\n

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