{"id":157,"date":"2005-01-12T22:39:44","date_gmt":"2005-01-12T22:39:44","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=157"},"modified":"2016-09-23T22:40:48","modified_gmt":"2016-09-23T22:40:48","slug":"aqueloutra-voz","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/poetagem.com.br\/2005\/01\/12\/aqueloutra-voz\/","title":{"rendered":"Aqueloutra voz"},"content":{"rendered":"\n\n\n
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Data 12\/jan\/2006<\/span><\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n

Aquela voz tomando conta dos seus ouvidos. Aquela voz tomando conta dos seus sentidos. Aquela voz rastreando os seus olvidos. Aquela voz vibrando o profundo medo de seus t\u00edmpanos. Aquela voz desencavando do fundo s\u00f3t\u00e3o de seus segredos. Aquela voz bulindo com seu sossego. Aquela voz que adeja, feito aleluia em l\u00e2mpada, seu pensamento. Troava. Um buli\u00e7oso movimento de seus anseios; de seus desejos; de seus cr\u00f4nicos receios. Nada podia contra aquela voz. Que imperava imp\u00e1vida. Com seu vezo inconfund\u00edvel. Propalava-se com toda a fibra de profundo rancor. C\u00e1ustica rispidez vociferando seu \u00e1cido vitup\u00e9rio.
\nDe certo a querer, com seu tom, com seu som implodir quaisquer resqu\u00edcios de \u00edndices dela promanantes. Arrasar seu sempre poss\u00edvel pousar em algum acolhedor lugar. Uma voz a perseguir com \u00f3dio tenaz sua estada em vida sob a mais discreta e inomin\u00e1vel favela ou ruela, ou gueto, ou cafund\u00f3 de mato ermo.
\nVoz que o queria como alma viva. Como se somente a ela a vida fosse desmerecida. E que devesse ser banida a quem quer que fosse, que, como ele, a desmerecessse, a trouxesse ao centro solar do question\u00e1vel e a pusesse em d\u00favida. Que contra ela dissesse um talvez, um quem sabe n\u00e3o seja exatamente assim.
\nA sobeja voz. Aquela que se sabe, que se soube sempre capaz de; (incapaz de). De quem sempre se ouve, se ouviu sem igual. Mod\u00e9stia \u00e0 parte imortal. Pedestal \u00e0s quantas gera\u00e7\u00f5es por formar-se. Para o que era insubstitu\u00edvel ouvir seu timbre, captar sua inigual\u00e1vel entoa\u00e7\u00e3o. Aquela voz para assombro e medo dos que, menos que ele fizera, ousassem p\u00f4r em d\u00favida sua vibrante fibra. Uma cavila\u00e7\u00e3o tida e mantida.
\nN\u00e3o se podia lhe negar certos indiscut\u00edveis predicativos (certos de que deveras n\u00e3o admitisse). Posto que, se coragem houvesse, como ousadamente medroso fizera, n\u00e3o se podia eternamente aceit\u00e1-la inquestionavelmente un\u00e2nime, infal\u00edvel.
\nOutras vozes havia. Que, entretanto, j\u00e1 na apresenta\u00e7\u00e3o carregavam o atributo de inferiores, menores, \u00e0 vista da magnitude reiterada dela. E sua desgra\u00e7a maior fora indagar por que uma voz deveria ser considerada em compara\u00e7\u00e3o com outra voz. Por que uma voz, essa voz, esta voz, tal voz, acol\u00e1 voz n\u00e3o poderiam ser consideradas em si mesmas. Tidas e havidas a partir de seus caracteres, os quais as tornavam peculiares e diferentes entre si. E que, evidentemente, n\u00e3o fossem dadas como de prot\u00f3tipo, de estere\u00f3tipo, porque j\u00e1 a voz de deus diz que h\u00e1 os que gostam dos olhos e os que gostam da ramela.
\nContornar a ira da voz poderosa ferida em seu orgulho (est\u00fapido) lhe era posto como uma obriga\u00e7\u00e3o imediata. Encontrasse logo a forma, sem sofisma, convincente. Aplacar sua apoplexia. Amb\u00edgua voz a espraiar estados gerais. Sua pr\u00f3pria volubilidade caprichosa. Indo volatilmente da vol\u00fapia \u00e0 dana\u00e7\u00e3o. Do uivo \u00e0 mudez. Do gozo \u00e0 dor. Da perplexidade \u00e0 indiferen\u00e7a. Da abulia \u00e0 curiosidade exacerbada. Das car\u00edcias inigual\u00e1veis \u00e0s torpes brutezas. Das asperezas esp\u00farias \u00e0s mais af\u00e1veis amabilidades.
\nSeus vitup\u00e9rios implac\u00e1veis eram circunstanciais, ocasionais. Por mais que se n\u00e3o creia, e n\u00e3o se acreditasse, dava-se em certas outras ocasi\u00f5es a relatos inebriantes. Por perplexos os que quase h\u00e1 pouco presenciaram rudezas pudessem ficar. Relatos radiantes. Pelos quais perfilhava toda sorte de ternuras, belezas, amores, paix\u00f5es e encantamentos.
\nVoz incapaz de se dar ao autocontrole e entregar-se a um \u00fanico e resumido caminho. Que fosse o escolhido como pr\u00f3prio e certo, extra\u00eddo de longa e complexa reflex\u00e3o.
\nN\u00e3o. Movia-a a cor da vida. T\u00f3rrida ou terna; ou terna e t\u00f3rrida, conforme se lhe mostrasse o instante. Se precau\u00e7\u00e3o houvesse, e sutilmente se percebia que sim, fazia-se instant\u00e2nea e concomitante \u00e0 a\u00e7\u00e3o em encadeamento. E raro era o arrepender-se. Que, n\u00e3o obstante, acontecia.
\nEis que o vulc\u00e3o lavracento, em instantes, decorrido apenas o s\u00fabito e intenso sil\u00eancio demarcador fugaz da transforma\u00e7\u00e3o, torna-se voz de brisa em milharal; voz de brisa em pinhais; voz de brisa em c\u00e1lidas ondas de mar.
\nAquela voz. Uma voz feita com a cor da vida. Uma voz curtida pela complexa dimens\u00e3o humana. Uma voz devoradora do que compunha seu mundo. Uma voz feita de dor, rancor e amor. Voz prezada, prezante, praguejante, prendada, passada; — presente.
\n<\/span><\/p>\n

(In:. Morte e Vida Severina e Outros Poemas em Voz Alta, de Jo\u00e3o Cabral de Melo Neto, 4 \u00aa ed. Rio de Janeiro: Sabi\u00e1, 1967, p. 106-116).
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