{"id":175,"date":"2006-09-06T22:54:39","date_gmt":"2006-09-06T22:54:39","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=175"},"modified":"2016-09-23T22:57:41","modified_gmt":"2016-09-23T22:57:41","slug":"fregues","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/","title":{"rendered":"Fregu\u00eas"},"content":{"rendered":"

A consider\u00e1-los assim, h\u00e1-os por a\u00ed afora. N\u00e3o \u00e9 o fregu\u00eas pertencente a determinada par\u00f3quia, cujas a\u00e7\u00f5es, h\u00e1bitos pautavam-se levando em conta as posi\u00e7\u00f5es decididas e avalizadas pela sua igreja, sua freguesia. Esse fregu\u00eas<\/em> parece ter definitivamente extinguido. N\u00e3o \u00e9 tampouco o outro, ainda em vigor, mas tamb\u00e9m j\u00e1 em franca descens\u00e3o. E esta n\u00e3o apenas pelo desuso, porque, ao contr\u00e1rio daquele, os tra\u00e7os essenciais de seu significado permanecem, mas pelo estatus<\/em> ling\u00fc\u00edstico. Denominar de fregu\u00eas ao comprador habitual, tornou-se antiquado, fora de moda e \u201cdesvaloriza\u201d a loja, ou a butique, ou o supermercado, ou o shopping. A denomina\u00e7\u00e3o em voga \u00e9 \u201ccliente\u201d em contrapartida a \u201cempres\u00e1rio\u201d, aos que vendem, ou mesmo promovem a venda. Mesmo a esses, que vivem desse neg\u00f3cio, j\u00e1 \u00e9 depreciativa a palavra negociante. Ningu\u00e9m abre um neg\u00f3cio, como h\u00e1 pouco ainda faziam. Desde um tempo a essa parte abrem empresa. Tampouco abrem filia\u00e7\u00f5es ou representa\u00e7\u00f5es, mas franquias.
\n\u00c9 fregu\u00eas com um outro significado, mais especificamente atualizado. Diz respeito \u00e0 fam\u00edlia que lida com o caso. Fregu\u00eas \u00e9 um ass\u00edduo sujeito, decerto pertencente \u00e0 massa dos desajustados por insujei\u00e7\u00e3o ou desujei\u00e7\u00e3o.
\n\u00c9 um pedinte cujo significado mant\u00e9m do tradicional pedinte t\u00e3o-somente o sentido do ato de pedir. Nada de sacos encardidos, bornal, ou sacolas a tiracolo. Nada da figura esqu\u00e1lida. Cabelos e barbas crescentes, emaranhados e endurecidos pela sujeira. O encardido palet\u00f3 que, como a camisa e as cal\u00e7as, vai enegrecido pelos v\u00e1rios tons de sujeira. Que chegam e deixam ficar pesadamente o dedo na campainha, cujos extensos esgani\u00e7ados repetidos irritam a casa. E que solicitam determinado tipo de mantimento para a composi\u00e7\u00e3o de sua miser\u00e1vel cesta b\u00e1sica.
\nNada do embusteiro pedinte a quem serve apenas dinheiro. Aquelas hist\u00f3rias hip\u00f3critas de que est\u00e1 desempregado e o g\u00e1s se acabou e as crian\u00e7as sem leite. \u201cCinco o seis real\u201d v\u00e3o ajud\u00e1-lo a completar a quantia necess\u00e1ria para poder n\u00e3o deixar os filhos com fome. E o ot\u00e1rio, tomado de compaix\u00e3o, imaginando as pobres criancinhas desamparadas e chorando de fome, a coitada m\u00e3e chorando junto, corre \u00e0 burra da casa e assaca a grana salvacionista. Uma ou duas semanas depois, outro. Simula sentir-se humilhado por aquele ato, todavia, prefere-o a roubar, porque \u00e9 pobre, mas honesto e crente em Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo acima de tudo. \u00c9 que veio \u00e0 cidade, mora fora, ficou mais de uma semana de porta em porta em busca de emprego, qualquer que fosse, o senhor mesmo n\u00e3o quer uma limpezinha na cal\u00e7ada, no jardim (a cal\u00e7ada est\u00e1 limpa, o jardim, vis\u00edvel, devidamente aparado)? Precisa voltar, esperam por ele mulher e cinco crian\u00e7as, que infelizmente v\u00e3o ouvir dele o que j\u00e1 ouvem h\u00e1 algum tempo. \u201cUm cinco real\u201d ajudaria na passagem.
\nEsse \u00e9 um outro fregu\u00eas. Nada de subterf\u00fagio. Mora nos recantos das imedia\u00e7\u00f5es. Nada de imund\u00edcies. Apar\u00eancia comum. Vestido, cal\u00e7ado. J\u00e1 na primeira vez, declara n\u00e3o querer dinheiro e todas as vezes que vem declina o que quer comer e beber. Um dia pede caf\u00e9 com p\u00e3o e manteiga. Outro quer um sandu\u00edche refor\u00e7ado e um refrigerante. Num outro (e nessa ocasi\u00e3o apresenta sinais de semi-embriagu\u00eas) requer comida, isto \u00e9, um prato feito. \u00c0s vezes percebe que a cal\u00e7ada est\u00e1 tomada de folhas etc., que as \u00e1rvores est\u00e3o com os galhos muito reclinados \u00e0 rua ou \u00e0 cal\u00e7ada. Quer vassoura e instrumento de corte para fazer a limpeza e as devidas repara\u00e7\u00f5es, pois acha que passou da hora de se fazer ali uma repara\u00e7\u00e3o geral.<\/p>\n

Neste inverno quase em branco, apareceu, num rar\u00edssimo dia de frio. Pediu uma cal\u00e7a jeans que lhe poderiam dar para enfrentar o frio, que suas cal\u00e7as eram todas muito finas. Arranjassem tamb\u00e9m uma blusa quente que j\u00e1 andava fora de moda, que agora estava morando na barranca da lagoa e l\u00e1 o frio \u00e9 maior. No bojo disso tudo, acaba sempre levando um de comer acompanhado de refrigerante.<\/p>\n

\u00c9 o fregu\u00eas dali. Um bairro residencial, que nunca fora nem \u00e9 uma freguesia, que nada comercializa ou empresaria. Um fregu\u00eas que pede, embora n\u00e3o seja pedinte.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A consider\u00e1-los assim, h\u00e1-os por a\u00ed afora. N\u00e3o \u00e9 o fregu\u00eas pertencente a determinada par\u00f3quia, cujas a\u00e7\u00f5es, h\u00e1bitos pautavam-se levando em conta as posi\u00e7\u00f5es decididas e avalizadas pela sua igreja, sua freguesia. Esse fregu\u00eas parece ter definitivamente extinguido. N\u00e3o \u00e9 tampouco o outro, ainda em vigor, mas tamb\u00e9m j\u00e1 em franca descens\u00e3o. E esta n\u00e3o […]<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[17],"tags":[49],"yoast_head":"\nFregu\u00eas - POETAGEM<\/title>\n<meta name=\"robots\" content=\"index, follow, max-snippet:-1, max-image-preview:large, max-video-preview:-1\" \/>\n<link rel=\"canonical\" href=\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/\" \/>\n<meta property=\"og:locale\" content=\"pt_BR\" \/>\n<meta property=\"og:type\" content=\"article\" \/>\n<meta property=\"og:title\" content=\"Fregu\u00eas - POETAGEM\" \/>\n<meta property=\"og:description\" content=\"A consider\u00e1-los assim, h\u00e1-os por a\u00ed afora. N\u00e3o \u00e9 o fregu\u00eas pertencente a determinada par\u00f3quia, cujas a\u00e7\u00f5es, h\u00e1bitos pautavam-se levando em conta as posi\u00e7\u00f5es decididas e avalizadas pela sua igreja, sua freguesia. Esse fregu\u00eas parece ter definitivamente extinguido. N\u00e3o \u00e9 tampouco o outro, ainda em vigor, mas tamb\u00e9m j\u00e1 em franca descens\u00e3o. E esta n\u00e3o […]\" \/>\n<meta property=\"og:url\" content=\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/\" \/>\n<meta property=\"og:site_name\" content=\"POETAGEM\" \/>\n<meta property=\"article:published_time\" content=\"2006-09-06T22:54:39+00:00\" \/>\n<meta property=\"article:modified_time\" content=\"2016-09-23T22:57:41+00:00\" \/>\n<meta name=\"twitter:card\" content=\"summary_large_image\" \/>\n<meta name=\"twitter:label1\" content=\"Escrito por\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data1\" content=\"Tito Damazo\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:label2\" content=\"Est. tempo de leitura\" \/>\n\t<meta name=\"twitter:data2\" content=\"4 minutos\" \/>\n<script type=\"application\/ld+json\" class=\"yoast-schema-graph\">{\"@context\":\"https:\/\/schema.org\",\"@graph\":[{\"@type\":\"WebSite\",\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#website\",\"url\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/\",\"name\":\"POETAGEM\",\"description\":\"Por Tito Damazo\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"SearchAction\",\"target\":{\"@type\":\"EntryPoint\",\"urlTemplate\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/?s={search_term_string}\"},\"query-input\":\"required name=search_term_string\"}],\"inLanguage\":\"pt-BR\"},{\"@type\":\"WebPage\",\"@id\":\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/#webpage\",\"url\":\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/\",\"name\":\"Fregu\u00eas - POETAGEM\",\"isPartOf\":{\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#website\"},\"datePublished\":\"2006-09-06T22:54:39+00:00\",\"dateModified\":\"2016-09-23T22:57:41+00:00\",\"author\":{\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238\"},\"breadcrumb\":{\"@id\":\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/#breadcrumb\"},\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"potentialAction\":[{\"@type\":\"ReadAction\",\"target\":[\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/\"]}]},{\"@type\":\"BreadcrumbList\",\"@id\":\"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/#breadcrumb\",\"itemListElement\":[{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":1,\"name\":\"In\u00edcio\",\"item\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/\"},{\"@type\":\"ListItem\",\"position\":2,\"name\":\"Fregu\u00eas\"}]},{\"@type\":\"Person\",\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238\",\"name\":\"Tito Damazo\",\"image\":{\"@type\":\"ImageObject\",\"@id\":\"http:\/\/poetagem.com.br\/#personlogo\",\"inLanguage\":\"pt-BR\",\"url\":\"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g\",\"contentUrl\":\"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g\",\"caption\":\"Tito Damazo\"},\"description\":\"O professor Tito Damazo \u00e9 licenciado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ci\u00eancias e Letras de Pen\u00e1polis (1972) e especialista em Teoria da Literatura pela mesma faculdade em 1980. \u00c9 mestre em Letras pela Universidade Estadual Paulista \u201cJ\u00falio de Mesquita Filho\u201d \u2013 campus de S\u00e3o Jos\u00e9 do Rio Preto (1997) e doutor em Letras na \u00e1rea de Literaturas em L\u00edngua Portuguesa, em 2004, pela mesma Universidade. No Centro Universit\u00e1rio Toledo de Ara\u00e7atuba, Tito Damazo \u00e9 professor de Literatura Brasileira e Teoria Liter\u00e1ria e coordenador do curso de Letras. Tito Damazo \u00e9 autor do livro de poesias \u201cInsubmiss\u00e3o\u201d e membro da Academia Ara\u00e7atubense de Letras.\",\"sameAs\":[\"http:\/\/poetagem.com.br\"],\"url\":\"https:\/\/poetagem.com.br\/author\/tito-damazo\/\"}]}<\/script>\n<!-- \/ Yoast SEO plugin. -->","yoast_head_json":{"title":"Fregu\u00eas - POETAGEM","robots":{"index":"index","follow":"follow","max-snippet":"max-snippet:-1","max-image-preview":"max-image-preview:large","max-video-preview":"max-video-preview:-1"},"canonical":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/","og_locale":"pt_BR","og_type":"article","og_title":"Fregu\u00eas - POETAGEM","og_description":"A consider\u00e1-los assim, h\u00e1-os por a\u00ed afora. N\u00e3o \u00e9 o fregu\u00eas pertencente a determinada par\u00f3quia, cujas a\u00e7\u00f5es, h\u00e1bitos pautavam-se levando em conta as posi\u00e7\u00f5es decididas e avalizadas pela sua igreja, sua freguesia. Esse fregu\u00eas parece ter definitivamente extinguido. N\u00e3o \u00e9 tampouco o outro, ainda em vigor, mas tamb\u00e9m j\u00e1 em franca descens\u00e3o. E esta n\u00e3o […]","og_url":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/","og_site_name":"POETAGEM","article_published_time":"2006-09-06T22:54:39+00:00","article_modified_time":"2016-09-23T22:57:41+00:00","twitter_card":"summary_large_image","twitter_misc":{"Escrito por":"Tito Damazo","Est. tempo de leitura":"4 minutos"},"schema":{"@context":"https:\/\/schema.org","@graph":[{"@type":"WebSite","@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#website","url":"http:\/\/poetagem.com.br\/","name":"POETAGEM","description":"Por Tito Damazo","potentialAction":[{"@type":"SearchAction","target":{"@type":"EntryPoint","urlTemplate":"http:\/\/poetagem.com.br\/?s={search_term_string}"},"query-input":"required name=search_term_string"}],"inLanguage":"pt-BR"},{"@type":"WebPage","@id":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/#webpage","url":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/","name":"Fregu\u00eas - POETAGEM","isPartOf":{"@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#website"},"datePublished":"2006-09-06T22:54:39+00:00","dateModified":"2016-09-23T22:57:41+00:00","author":{"@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238"},"breadcrumb":{"@id":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/#breadcrumb"},"inLanguage":"pt-BR","potentialAction":[{"@type":"ReadAction","target":["https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/"]}]},{"@type":"BreadcrumbList","@id":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/09\/06\/fregues\/#breadcrumb","itemListElement":[{"@type":"ListItem","position":1,"name":"In\u00edcio","item":"http:\/\/poetagem.com.br\/"},{"@type":"ListItem","position":2,"name":"Fregu\u00eas"}]},{"@type":"Person","@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#\/schema\/person\/fe9e2197adca98090b78294d93603238","name":"Tito Damazo","image":{"@type":"ImageObject","@id":"http:\/\/poetagem.com.br\/#personlogo","inLanguage":"pt-BR","url":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g","contentUrl":"https:\/\/secure.gravatar.com\/avatar\/57d308793dabf419f4c070c35afdd810?s=96&d=mm&r=g","caption":"Tito Damazo"},"description":"O professor Tito Damazo \u00e9 licenciado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ci\u00eancias e Letras de Pen\u00e1polis (1972) e especialista em Teoria da Literatura pela mesma faculdade em 1980. \u00c9 mestre em Letras pela Universidade Estadual Paulista \u201cJ\u00falio de Mesquita Filho\u201d \u2013 campus de S\u00e3o Jos\u00e9 do Rio Preto (1997) e doutor em Letras na \u00e1rea de Literaturas em L\u00edngua Portuguesa, em 2004, pela mesma Universidade. No Centro Universit\u00e1rio Toledo de Ara\u00e7atuba, Tito Damazo \u00e9 professor de Literatura Brasileira e Teoria Liter\u00e1ria e coordenador do curso de Letras. Tito Damazo \u00e9 autor do livro de poesias \u201cInsubmiss\u00e3o\u201d e membro da Academia Ara\u00e7atubense de Letras.","sameAs":["http:\/\/poetagem.com.br"],"url":"https:\/\/poetagem.com.br\/author\/tito-damazo\/"}]}},"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/175"}],"collection":[{"href":"https:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=175"}],"version-history":[{"count":1,"href":"https:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/175\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":176,"href":"https:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/175\/revisions\/176"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=175"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=175"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/poetagem.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=175"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}