{"id":192,"date":"2006-05-22T23:10:40","date_gmt":"2006-05-22T23:10:40","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=192"},"modified":"2016-09-24T01:45:09","modified_gmt":"2016-09-24T01:45:09","slug":"a-guerra-esta-entre-nos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/poetagem.com.br\/2006\/05\/22\/a-guerra-esta-entre-nos\/","title":{"rendered":"A guerra est\u00e1 entre n\u00f3s"},"content":{"rendered":"

Sentiu um gosto ruim. Gosto de impot\u00eancia. Gosto amargo de estar cumprindo uma rotina com a qual se mant\u00e9m e mant\u00e9m os seus e que julga ser de utilidade p\u00fablica, mas que de repente lhe parece in\u00fatil. Sabor de trabalho e disciplinas v\u00e3os.
\nComo todos os dias, manh\u00e3zinha j\u00e1, ali a postos observando-os chegarem. V\u00eam, como ele, movidos pela mec\u00e2nica da rotina. Mal t\u00eam consci\u00eancia do que e do por que assim agem. Sabem, melhor, repetem o que todos dizem. Dizem os governantes, dizem os pais, dizem os av\u00f3s, dizem os demais familiares. Ent\u00e3o \u00e9 ir para a escola \u201cpara ser algu\u00e9m na vida\u201d.
\n\u00c1 lacres, efusivos, risos, gritos, falando alto, v\u00e3o entrando em grupos, a p\u00e9, em bicicletas, contando fatos, ir\u00f4nicos, humor\u00edsticos. E enquanto os observa a frase fica circundando sua cabe\u00e7a, feito c\u00edrculo vicioso. Frase estereotipada ainda com um certo vigor. Uma c\u00f4moda e pronta justificativa para se ir \u00e0 escola.
\nE de imediato lhe vem \u00e0 cabe\u00e7a outra, n\u00e3o t\u00e3o conhecida talvez. O verso machadiano. E ent\u00e3o, parafraseando-o, se pergunta se teria mudado ele ou a escola. E logo se reponde que em verdade mudaram ambos. Mas a escola fora arruinada. Para responder aos organismos internacionais, os governos tornaram as escolas p\u00fablicas oficiais com altas freq\u00fc\u00eancias permanentes, baixaram as reprova\u00e7\u00f5es ou repet\u00eancias aos n\u00edveis aceit\u00e1veis por aqueles organismos. Por\u00e9m, assim o fez, e faz, mantendo um sistema de forma\u00e7\u00e3o obsoleto e incapaz de qualificar e habilitar de verdade. Conseq\u00fc\u00eancias s\u00e3o os humilhantes resultados das avalia\u00e7\u00f5es externas nacionais e internacionais.
\nSe passar pela escola continuasse sendo um lugar que leva as pessoas a \u201cserem algu\u00e9m na vida\u201d, como de algum modo outrora isso fora verdade, n\u00e3o obstante as peculiaridades de cada tempo, e que tamb\u00e9m de certo modo continua sendo nas escolas particulares que se mant\u00eam como centro de excel\u00eancia de forma\u00e7\u00e3o e informa\u00e7\u00e3o, o ensino p\u00fablico oficial n\u00e3o seria essa terra de ningu\u00e9m, onde cabem todos os experimentalismos, toda a moda da hora e da vez.
\nSeria outra coisa. Seria a utopia poss\u00edvel. Seria um sistema est\u00e1vel, seguro, pass\u00edvel de naturais transforma\u00e7\u00f5es decorrentes das evolu\u00e7\u00f5es humana e social. Ali, sim, as crian\u00e7as, os adolescentes, os jovens estariam vivenciando uma forma\u00e7\u00e3o e um desenvolvimento garantidos por um sistema de ensino em que plena ou satisfatoriamente as informa\u00e7\u00f5es, os conhecimentos, as experi\u00eancias seriam trabalhadas, orientadas, direcionadas, acompanhadas por profissionais com forma\u00e7\u00e3o, atualiza\u00e7\u00e3o e remunera\u00e7\u00e3o satisfat\u00f3rias, com ambiente de trabalho e condi\u00e7\u00f5es de atua\u00e7\u00e3o adequados, o que favorece e motiva o desempenho profissional.
\nE enquanto os alunos, conduzidos pelos sinais emitidos pela campainha, dirigiam-se \u00e0 sala de aula, fora, vagarosamente, ele tamb\u00e9m se dirigindo ao seu posto de trabalho. A cabe\u00e7a ainda fixa nas reflex\u00f5es que fazia. E ao complet\u00e1-las, conclu\u00edra que, todavia, a situa\u00e7\u00e3o deteriora-se a ponto de chegar \u00e0quilo: a ordem social, as garantias de uma vida livre e s\u00e3 \u00e0 beira do caos. Havia mais que um ar de podre naquela rep\u00fablica do futebol e do carnaval.
\nAs organiza\u00e7\u00f5es clandestinas de poder sustentado pelos tr\u00e1ficos, pelo crime, assaltos e seq\u00fcestros novamente declaram guerra contra o poder constitu\u00eddo pela legalidade em nome de uma democracia formal, sob a qual outros tipos de assaltantes, outros tipos de organiza\u00e7\u00f5es criminosas (por certo, historicamente, bem mais antigos do que aqueles) agem voraz, despudorada e impunemente.
\nSob esse fogo cruzado ficam os trabalhadores de um modo geral (bra\u00e7ais, intelectuais, empresariais) produtores da riqueza, que pagam pesados e m\u00faltiplos impostos de toda ordem e que, como se isso n\u00e3o bastasse, v\u00eaem-se ainda \u00e0 merc\u00ea dos assaltantes em sua casa ou apartamento e logradouros p\u00fablicos.
\nCidad\u00e3o brasileiro! Arrematou o pensamento, lembrando-se daquele personagem de Chico An\u00edsio. Quando os criminosos organizados se desentendem tit\u00e3nicamente, correm para suas tocas, ficando a imagem sinistra de uma das maiores cidades do mundo completamente deserta, evocando aquela imagem de Bagd\u00e1 na imin\u00eancia de ser atacada pelas tropas de George Bush.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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