{"id":81,"date":"2005-06-03T18:01:15","date_gmt":"2005-06-03T18:01:15","guid":{"rendered":"http:\/\/poetagem.com.br\/?p=81"},"modified":"2016-09-23T18:01:56","modified_gmt":"2016-09-23T18:01:56","slug":"visoes","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/poetagem.com.br\/2005\/06\/03\/visoes\/","title":{"rendered":"Vis\u00f5es"},"content":{"rendered":"\n\n\n
Data <\/span>03\/jun\/2005<\/span><\/span><\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n

S\u00e9culo XXI. Ele vendo e vivendo sua fatia de vida moderna-p\u00f3s-moderna instaurando o inusitado, o inaudito. Muita vez, ao mesmo tempo, n\u00e3o apenas decompondo o passado, mas tamb\u00e9m o sobrepondo. De tal sorte certos di\u00e1logos se estabelecem. Dos quais se insurgem os contrastes que a hist\u00f3ria em suas p\u00e1ginas feitas de tempo e espa\u00e7o inscreve.
\nUma fazenda. N\u00e3o qualquer fazenda dessas de gado, pasto, lavouras (muito escassas j\u00e1) e gente (escassa ainda mais). Tais quais as que s\u00e3o signos escritos nas p\u00e1ginas desta modernidade e p\u00f3s. Fazendeiros quase todos feitos \u00e0 Paulo Hon\u00f3rio. Que se n\u00e3o t\u00e3o obsessivamente reificadores de tudo e de todos, s\u00e3o determinados na consecu\u00e7\u00e3o de avantajados lucros na expans\u00e3o da condi\u00e7\u00e3o de propriet\u00e1rios.
\nA rigor uma ex-fazenda. Uma fazenda fantasma, talvez. Pois que ali sua estrutura arquitet\u00f4nica, claro: in made Europa, fora sendo preservada. Nada se modificara. E n\u00e3o tombada. O dono, sim, \u00e9 que se mudara. A ela passou a construir um outro destino que n\u00e3o o de outrora. De outrora ali est\u00e3o todos os pr\u00e9dios. Est\u00e3o neles grande parte dos objetos. Os m\u00f3veis puros mognos. Ali n\u00e3o est\u00e3o mais os diretos respons\u00e1veis por sua montagem; os diretos respons\u00e1veis por seus grandes lucros e ganhos; os diretos respons\u00e1veis pelos grandes danos desconsiderados. Ali n\u00e3o est\u00e3o mais os homens-for\u00e7a de trabalho \u2013 afroescravos e europeus migrados, envolvidos, ainda que talvez n\u00e3o misturados, na constru\u00e7\u00e3o, manuten\u00e7\u00e3o e excedentes daquele proeminente patrim\u00f4nio. Agora, est\u00e3o todos misturados, sim, igualados em terra que os desigualavam, senhores e s\u00faditos. Que, o que a sociedade separa, a natureza amalgama.
\nFicou uma fazenda museu. Digna das visitas excursionistas tur\u00edsticas. Para esse fim, mantida pelo seu propriet\u00e1rio s\u00e9culo XXI. H\u00e1, como todo patrim\u00f4nio tur\u00edstico que se valorize, um roteiro de percurso que se faz com a condu\u00e7\u00e3o de um guia. Um desses, o pr\u00f3prio propriet\u00e1rio que com isso visivelmente se realiza. E os que ali v\u00e3o o reverenciam, por essa contribui\u00e7\u00e3o \u00e0 hist\u00f3ria social de nossa civiliza\u00e7\u00e3o, cujo custo grosso depende de seu bolso. Pois a fazenda n\u00e3o \u00e9, obviamente, exceto em arquitetura, mais aquela fazenda. Tampouco \u00e9 fazenda destes s\u00e9culos XX\/XXI. \u00c9 improdutiva e fantasmag\u00f3rica.
\nPercorrendo-a a fundo, deixando-se levar pelas p\u00e1ginas da hist\u00f3ria prolatada por seu propriet\u00e1rio-guia, vai-se infiltrando naquele tempo s\u00e9culo dezenove\/vinte em que o caf\u00e9 paulista era o precioso ouro sustentador de toda a corte bras\u00edlica. Fora uma fazenda-civil, que sua tecnologia, para um pa\u00eds semi-agr\u00e1rio, era muitos anos-luz de seus dias.
\nSua estrutura espacial, modelarmente, \u00e9 feudal. Seu funcionamento era de independ\u00eancia. Autobastava-se. Auto-abastecia-se. Quase nada se buscava fora. Coisa pouca: sal, alguns finos tecidos e cal\u00e7ados, bebidas da Europa.
\nNo centro, os terreir\u00f5es de caf\u00e9. Ali a produ\u00e7\u00e3o exposta \u00e0 secagem. Toneladas. Que, no ponto, iam \u00e0 grande tulha, onde outros s\u00faditos dedicavam-se \u00e0 descasca\u00e7\u00e3o e embalagem. Enquadrando o terreir\u00f5es, a casa-grande cetralizada e altiva, com seu alpendre; o terra\u00e7o, sob o qual tudo ficava exposto \u00e0 vista do dono. De fronte, mais longe, a igreja, tamb\u00e9m assentada na sua altivez. Os dois m\u00e1ximos poderes cont\u00edguos na zela\u00e7\u00e3o de seus contritos.
\nFecha o c\u00edrculo de uma a outra, de um lado, os locais de trabalho: oficina, serraria, serralheria, tulha, a casa das m\u00e1quinas (a fazenda funcionava a energia a vapor). De outro, o escrit\u00f3rio de administra\u00e7\u00e3o, o grande armaz\u00e9m de mantimentos, a casa de divers\u00e3o \u2013 uma esp\u00e9cie de cineatro, uma estrebaria em cujo fundo ficava o curral. Perpendicularmente ao primeiro semic\u00edrculo, v\u00e3o enfileiradas as casas geminadas que abrigavam os empregados agregados \u00e0 fazenda, \u00e0s ordens do senhor, para cujas riquezas despendiam seu suor, emudeciam seus sonhos, desvaneciam seu futuro.
\nAo visitante do presente do futuro que \u00e0queles n\u00e3o pertenceu, ir e vir pelos assoalhos solit\u00e1rios do casar\u00e3o, por seus por\u00f5es de oca escurid\u00e3o, por seus terreir\u00f5es de caf\u00e9 vazios, pela igreja com seus vest\u00edgios de catolicismo de requinte, a esse visitante o orgulho entusi\u00e1stico do atual propriet\u00e1rio n\u00e3o deixava de ser um contributo \u00e0 preserva\u00e7\u00e3o da mem\u00f3ria hist\u00f3rica. Ainda que se tratasse de uma hist\u00f3ria (afinal, a ela n\u00e3o cabe essa subjetividade) nada honrosa tanto a ele, propriet\u00e1rio daquele legado, quanto \u00e0queles visitantes, herdeiros de uma cultura povoada de senhores, assenhoreados, riqueza e priva\u00e7\u00f5es. Que, em verdade, tem t\u00e3o-somente mudado em s\u00e9culo.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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